Imprimir

Notícias / Tecnologia

Embrapa pesquisa embalagens não prejudiciais ao meio ambiente e que possam ser ingeridas

Especial para o Agro Olhar - Thalita Araújo

No caminho para reduzir o acúmulo de embalagens plásticas e de materiais não biodegradáveis no meio ambiente, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) realiza pesquisas de um tipo de embalagem que não causa impactos ambientais e ainda pode ser ingerido junto com o alimento que envolve.

Segundo informa a instituição, o Laboratório de Embalagens de Alimentos da Embrapa Agroindústria Tropical, em Fortaleza, no Ceará, tem como uma de suas linhas de pesquisa o desenvolvimento de filmes e revestimentos biodegradáveis para alimentos à base de polímeros naturais, como amido, alginato (material extraído de algas marinhas), cera de carnaúba, goma do cajueiro, gelatina de peixe, além de polpas de frutas, em contraposição aos polímeros artificiais, os plásticos.

Leia também:
Tecnologia ajuda monitoramento agrometeorológico da produção agrícola
Estudo diz que etanol compensa se custar até 80% do valor da gasolina

Parte dos revestimentos desenvolvidos no laboratório é comestível e, ainda, podem ter sabor. A pesquisadora Henriette Azeredo explica que as polpas de frutas têm em sua composição polissacarídeos (um tipo de polímero natural) capazes de formar filmes, daí a possibilidade de trabalhar com essas matérias-primas para a produção de filmes comestíveis com o sabor da fruta.

Apesar da vantagem da biodegradabilidade e de valorizar as matérias-primas regionais, os biopolímeros ainda não são capazes de competir com os plásticos convencionais, pois alguns são mais frágeis, não permitem uma eficaz troca de gases com o ambiente e são, muitas vezes, sensíveis à umidade, informa a Embrapa.

Um dos caminhos para quebrar essa barreira já está sendo estudado, através da nanotecnologia, com a adição de nanoestruturas de reforço para melhorar a resistência das estruturas dos filmes, explica a instituição.


Imprimir