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Neri Geller sai em defesa de Dilma e diz que rejeição do setor produtivo de MT ao PT é coisa do passado

Da Redação - Laura Petraglia

O recém-empossado Ministro da Agricultura, produtor rural mato-grossense Neri Geller (PMDB), saiu em defesa do governo petista da presidente Dilma Rousseff e disse que a rejeição ao PT por parte do setor produtivo estadual que durante a reeleição do ex-presidente Lula da Silva, foi motivo de tratoraço e protestos em Mato Grosso, é coisa do passado e não existe mais. Segundo ele, se ainda houver alguma coisa, é por pura falta de informação.

“O PT não tem mais rejeição entre classe produtora. Mas se tiver, talvez ainda seja um pouco falta de informação. Se você pegar o mandato da presidente Dilma, por exemplo, teve a capacidade de sancionar o código florestal que trouxe para a legalidade as áreas consolidadas que foram vetadas do governo passado. Obviamente que já teve rejeição, eu participei inclusive como diretor da Aprosoja de alguns movimentos reivindicatórios, que inclusive são justos e necessários”, diz.

Novo ministro da Agricultura fala em reestruturação de setores críticos

Segundo o ministro, no governo Dilma, ele tem encontrado respaldo para ‘tocar’ os principais programas que estão fazendo a diferença pro País. “Eu enquanto secretário de Políticas Agrícolas encontrei esse respaldo avançar nos principais programas que estão fazendo a diferença no País e para o setor produtivo, por isso que estou no Ministério da Agricultura”, disse.

Dentre os pontos citados por ele como os que encontraram solução no governo petista, o ministro citou a BR 163. “A BR 163, por exemplo. Faz 30 anos que eu moro em Lucas do Rio Verde e nunca avançou, mas agora está quase sendo concluída até Santarém. Na nossa gestão nós vamos acompanhar a reestruturação portuária que tem que acontecer”, afirma.

Além disso, ele cita a ‘coragem’ da presidente Dilma Rosseff com relação à duplicação da BR 163, ao fazer o enfretamento e privatizá-la. Segundo ele, a empresa vencedora que foi a Odebresh, em quatro anos terá que fazer a duplicação da divisa do Mato Grosso do Sul até Sinop.

“Então são muitos avanços importantes. Tem sim alguns setores do governo que tem resistência à produção, em função de falta de diálogo. Depois que Aprosoja, a Famato, as entidades de classe se organizaram e começaram o diálogo com a sociedade urbana, as coisas estão mudando. O produtor brasileiro não faz a degradação ambiental, pelo contrário, ele faz a produção acontecer de forma sustentável. Infelizmente as informações não estavam chegando e havia uma resistência inclusive por parte da sociedade urbana”, defendeu.

Na tarde desta quinta-feira (20) o ministro concedeu entrevista coletiva na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato grosso (Famato) para dizer que vai continuar afinado com as demandas do setor produtivo do Estado.

Geller, que recebeu apoio da bancada parlamentar de Mato Grosso e da maior parte das entidades ligadas ao agronegócio, assumiu no lugar do ex-ministro Antônio Andrade (PMDB-MG), que deixou o cargo para se candidatar às eleições de outubro deste ano.

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