O produtor rural mato-grossense vendeu de forma antecipada, até o momento, apenas 26.7% da safra de soja 2013/14 – que começa a ser plantada no final de setembro. O índice está 28.3 pontos porcentuais abaixo dos 55% comercializados antecipadamente em julho de 2012, na safra anterior.

Conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o produtor ainda está cauteloso na venda antecipada da safra. Com o preço pouco atrativo, o produtor está negociando apenas o necessário para cobrir os custos de produção. “Em grande parte, essa comercialização está ocorrendo no sistema de troca, ou seja, o produtor disponibiliza parte de sua produção em troca de todos os insumos para a formação da lavoura”, explica o Imea.

Conforme a cotação futura da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) – que “dita” os preços em âmbito mundial – os contratos para o mês de março de 2014 estão sendo negociados a US$ 12.56 por bushel (unidade de medida de peso usada nos Estados Unidos, que corresponde a 27 quilos).

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O preço da oleaginosa fechou em queda de 9.25 pontos porcentuais no pregão desta sexta-feira (16). No decorrer dos últimos 30 dias, a queda foi de aproximadamente 30 centavos de dólar por bushel, após a notícia de que os EUA terão uma boa safra de grãos. Com a cotação “ladeira abaixo”, os sojicultores brasileiros aguardam reação do mercado para colocar seu produto à venda.

Já o preço paridade, que leva em consideração o contrato futuro com vencimento para março de 2014 na Bolsa de Chicago, no mês de julho ficou cotado em média, em Mato Grosso, a R$ 46,30 por saca. O preço ofertado pelas empresas ficou com uma média de R$ 44,84/SC. “As maiores diferenças nesse preço ocorreram nas praças de Sapezal, Diamantino e Campo Verde, com um valor menor em 7,12%, 5,13% e 3,73%, respectivamente, diferenças essas que persistem até o momento”, informa o Imea no boletim da soja.

A diferença entre estes valores pode estar no preço do frete para fazer o escoamento até os portos, que é estipulado pelas empresas. Nesta safra o custo com frete teve uma elevação muito grande, chegando a se valorizar 50% em relação à safra anterior.

“Com a expectativa de que no ano que vem isso se repita, os preços do frete projetados para a próxima safra estão bastante elevados. Desta forma, em algumas cidades os preços disponibilizados pelas empresas estão descolados dos calculados pelo Imea”, explica o instituto.

Conforme o Imea, cabe aos produtores irem à busca de melhores preços, através da pesquisa de mercado, sempre com o custo de produção bem definido para poder decidir quais preços são atrativos, possibilitando obter lucro com a comercialização.