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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

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EM SINOP

Ministra reconhece que agronegócio de Mato Grosso é ‘limitado’ pela logística

“O governo federal tem ciência que a produção desse Estado só não é maior por conta de limitação da infraestrutura logística que temos na região"

Foto: Secom - Jose Pettengill

Gleisi Hoffmann discursando em Sinop para agricultores durante o lançamento da safra de soja em MT

Gleisi Hoffmann discursando em Sinop para agricultores durante o lançamento da safra de soja em MT

A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, reconheceu, nesta quinta-feira à tarde, no centro de pesquisas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Sinop, que a produção agrícola de Mato Grosso está limitada pela logística de transportes deficitária.

“O governo federal tem ciência que a produção desse Estado só não é maior por conta de limitação da infraestrutura logística que temos na região. O governo sabe também que a melhoria na infraestrutura vai dinamizar o escoamento da produção agrícola e baixar os custos dos insumos”, disse, em discurso a agricultores e políticos que estavam no lançamento oficial do plantio de soja.

Depois de elogiar a capacidade de produção dos agricultores mato-grossenses e reconhecer que falta logística, a ministra passou a explanar o que está sendo feito e o que está por vir nos próximos anos para melhorar a logística. “Faz parte desse esforço do governo a conclusão da rodovia Cuiabá-Santarém e finalizar a BR-242. Um desafio a vencer será abrir a BR-080 ligando Mato Grosso a Ferrovia Norte Sul, em Tocantins”, pontuou.

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Gleisi falou sobre ferrovias, lembrando-se da concessão da Ferrovia do Centro Oeste (Fico) com terminal de cargas em Lucas do Rio Verde (350 km de Cuiabá). Segundo a ministra, a linha deve ser concedida à iniciativa privada nos próximos leilões do governo por meio do Programa de Investimento em Logística (PIL).

Hoffmann afirmou que também está em estudo uma linha de trem com bitola larga e boa capacidade operacional entre Cuiabá e Santarém (PA), que vai oportunizar desafogar o modal rodoviário. “Além disso, será feita em um novo modelo de concessão, que vai separar a figura do concessionário da ferrovia e o usuário, possibilitando acesso a todos à malha ferroviária. Dessa maneira, os produtores organizados, empresas e cooperativas poderão colocar composições nos trilhos”.

A ministra finalizou o discurso sobre logística informando que está sendo feita ampliação na capacidade portuária. Falou que no Pará está há investimentos em portos, cuja capacidade será ampliada em 490%, comportando embarcar 12 milhões de toneladas de grãos por ano. “Será um novo terminal em Santarém, um em Vila do Conde e três em Outeiro”.

Comentou ainda investimentos nos portos do Sul e Sudeste – por onde é escoada atualmente a maior parte da safra de Mato Grosso. “No Porto de Santos também está tendo ampliação de capacidade em 77%, com R$ 473 milhões em arrendamentos. Com investimento de R$ 1 bilhão, a capacidade de movimentação de grãos no Porto de Paranaguá será ampliada em 28,5 milhões de toneladas”.

“Partilhamos com vocês produtores rurais os desafios de vencer as barreiras que ainda nos impedem de sermos os primeiros do mundo na produção de grãos, mas tenham certeza que iremos vencê-los”, concluiu, com confiança.
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