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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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Itaituba não pode e não vai perder a chance de instalar portos, afirma prefeita

A prefeita de Itaituba (Pará), Eliene Nunes (PSD), em entrevista exclusiva ao Agro Olhar/Olhar Direto, afirmou que o município "não pode e não vai perder a oportunidade" de garantir a instalação de portos no distrito de Miritituba, porque os empreedimentos de companhias como a Bunge, Cargill, Cianport e Hidrovias Brasileiras, "significam uma nova e histórica chance" para mudar a realidade da combalida economia local.

"Temos uma oportunidade histórica e vamos agarrá-la, mas com bom senso e fazendo todas as amarrações ambientais e sociais necessárias para que os empreendimentos gerem emprego, renda e ao mesmo tempo respeitem as normas do meio ambiente", ponderou Eliene.

A declaração foi feita após a audiência pública realizada em Miritituba por solicitação da associação de moradores locais e que serviu também para apresentação do projeto da Cianport, joint-venture formada pelas empresas de Mato Grosso Fiagril, de Lucas do Rio Verde, e Agrosoja, Sorriso.

Com muita ênfase, ela ressalta que as compensações a serem feitas pelos empreendedores, além dos investimentos e da geração de emprego e renda, serão cruciais para resolver problemas crônicos na área ambiental, como o aterro sanitário. Hoje, o município conta apenas com um lixão a céu aberto.

"Vamos buscar parcerias com as empresas para que elas nos ajudem em outras áreas também. Por isso vamos trabalhar para inserir outras condicionantes e alterar inclusive o plano diretor da cidade, que é de 2006 e está totalmente defasado", salienta.

A agenda mínina, acrescenta Eliene, já foi discutida com a Associação dos Terminais Privados do Rio Tapajós (ATAP), formada por oito empresas (Cianport, Bunge, Cargill, Hidrovias do Brasil, Brick Logística, Chibatão Navegações, Reicon e Unirios.

O propósito da ATAP é escoar mais de 20 milhões de toneladas de grãos das regiões do Médio Norte e Norte de Mato Grosso. Para tanto, as empresas com projetos em estudo ou em fase de implantação podem investir R$ 3 bilhões nas estruturas portuárias, logística, além de embarcações e empurradores em todos os portos onde vão operar, segundo apurou a reportagem do Agro Olhar.

Os empreendimentos irão viabilizar o transporte de cargas e grãos de Mato Grosso pela hidrovia Tapajós-Amazonas até os terminais portuários de Santana, no Amapá, estabelecendo uma rota alternativa de exportação pelo oceano Atlântico.

Hoje, a produção de grãos mato-grossense (mais de 70%) é exportada pelos portos de Santos (SP), Paranaguá (PR), São Francisco (SC) e até mesmo de Rio Grande (RS). Para chegar nestes portos, os caminhões percorrem cerca de 2,5 mil quilômetros e demoram entre quatro e sete dias - encarecendo o frete para o produtor rural..

Mais informações em instantes/Primeira atualização às 15h00
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