O preço do algodão sofreu retração de 3% na última semana de julho, em Mato Grosso, segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgados nesta segunda-feira, no boletim do algodão. A queda no preço foi de R$ 2 por arroba, com a cotação girando na casa dos R$ 64 na região Sul do Estado.

A baixa no valor é provocada pelas indústrias têxteis, que estão comprando somente o necessário para manter as fábricas em atividade. Conforme o Imea, as indústrias aguardam o mês de setembro para voltar às compras – mês em que a nova safra já estará colhida. Com mais algodão no mercado, a tendência é que o preço diminua ainda mais para as fábricas.

“Ainda que a Conab estime um acréscimo de 3% no consumo de pluma no Brasil, chegando a 887 mil toneladas, a reação da ponta compradora ainda não foi sentida. Mesmo com a lentidão nas compras, a pressão sobre os estoques internos de algodão em pluma é bem maior neste ano pela queda acentuada na produção (-41%)”, explica o Imea.

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A colheita, que chega próxima da metade em Mato Grosso, com 43,6% da área plantada, gerou 291 mil toneladas de pluma. O mês de agosto inicia com apenas 10% da pluma beneficiada, o que deve gerar atrasos no embarque e a chegada mais tardia do produto ao mercado interno.

Com ritmo constante de avanço a colheita entra em agosto com 44% da área de algodão e um avanço de 11,9 pontos porcentuais, sendo a mais avançada a região Noroeste, com 69% da área colhida (nessa região predominou o plantio do algodão 1º safra). As regiões Oeste e Sudeste, que detêm as maiores produções, tiveram avanço de 15 p.p e 12 p.p., respectivamente, mostrando um aumento no ritmo da colheita.