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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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Greve de estivadores paralisa 40% dos navios no porto de Santos

Foto: Reprodução

Greve de estivadores paralisa 40% dos navios no porto de Santos
Uma greve de estivadores prejudica as operações no porto de Santos (72 km de São Paulo), o maior do pais. Na manhã desta quarta-feira (15), 14 dos 35 navios atracados estavam com as operações totalmente paralisadas por causa de uma greve de estivadores.

A informação é da administradora federal do porto, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp).

Os operários cruzaram os braços desde as 13h da terça-feira, em protesto contra os rumos da votação da MP dos Portos, por considerarem que o texto poderá reduzir as oportunidades de trabalho no cais.

A paralisação deve continuar até as 19h desta quarta, segundo o vice-presidente do Sindicato dos Estivadores de Santos e Região, César Rodrigues Alves, o Bahia.

O texto-base da Medida Provisória foi aprovado na madrugada desta quarta (15) pela Câmara. O texto estabelece normas para futuras concessões, arrendamentos e autorizações para exploração de portos e instalações portuárias no país. Ainda precisam ser votados destaques antes de a MP seguir para análise no Senado.

As operações no porto de Santos poderiam ter sido ainda mais prejudicadas se o movimento de safra agrícola carregada por via marítima estivesse no pico. Há 44 navios aguardando para atracar neste momento, segundo a Codesp. O número chegaria a 75 ou 80 se o movimento de grãos estivesse em seu maior nível.

Estivadores temem ficar sem trabalho

Os estivadores são trabalhadores avulsos, sem vínculo empregatício, que só recebem quando comparecem aos pontos de escalação e são chamados para carga e descarga de navios.

Esse é o ponto que preocupa os estivadores. "O relator da MP, Eduardo Braga [senador pelo PMDB do Amazonas], tinha um acordo com o governo, de que as empresas dos terminais portuários privativos continuariam escalando avulsos para movimentar cargas de terceiros. Mas o governo retirou isso da pauta e, se isso acontecer, os terminais privados podem contratar pessoal próprio, cobrar as taxas que bem entenderem, e nós vamos ficar sem trabalho no porto público", afirma Bahia.

Segundo o dirigente sindical, dois deputados federais paulistas –Paulo Pereira da Silva (PDT), que preside a Força Sindical, e Márcio França (PSB), com base eleitoral na Baixada Santista– apresentaram emendas à MP para garantir a escalação de avulsos em terminais privativos que movimentam cargas de outras empresas.
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