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Sábado, 18 de maio de 2024

Notícias | Economia

Embargo de carnes fica fora de agenda entre brasileiros e russos

Na primeira reunião que marca a semana de negociações da delegação russa com o governo brasileiro, em Brasília, o polêmico embargo à carne brasileira não entrou na pauta de debates. O grupo, composto por 19 integrantes, trata de temas agrícolas de interesse dos dois países e deve participar de audiência nesta quarta-feira no Palácio do Planalto.


Embora oficialmente as restrições russas às carnes do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso já durem um ano e oito meses, o Ministério da Agricultura considera o assunto resolvido. Para o governo brasileiro, cabe agora aos frigoríficos interessados em vender para a Rússia cumprir as exigências impostas pelo maior importador de carne suína e bovina produzida no Brasil. Na última vistoria em solo brasileiro, 20 unidades foram visitadas, sendo que apenas uma estava adequada aos critérios do importador.

– Esses estabelecimentos têm de cumprir um plano de ação corretiva baseado nas exigências apresentadas. O dia em que eles (os russos) acharem que as exigências foram cumpridas, os estabelecimentos voltarão a exportar – afirmou Enio Marques, secretário de Defesa Agropecuária do ministério.

A reunião durou o dia todo de segunda-feira e se estende até esta terça-feira. Na pauta, a negociação de acordos que serão assinados na quarta-feira pelo primeiro-ministro russo, Dmitri Medved, e o vice-presidente do Brasil, Michel Temer, para a abertura do comércio. O Brasil importará trigo e, em contrapartida, a Rússia passará a comprar soja em grão e farelo.

Marques lembrou ainda das missões brasileiras que começam a visitar neste mês países com barreiras à carne bovina brasileira devido ao caso não clássico de vaca louca registrado em 2010 em uma fazenda no Paraná.

Parceiro comercial
A Rússia é 19º parceiro comercial do Brasil, relação que em 2012 movimentou US$ 5,9 bilhões, sendo carne bovina, suína, açúcar e fumo os principais produtos exportados:

Apesar do embargo aos três Estados, foi o maior comprador da carne suína brasileira em receita – US$ 367,12 milhões, 24,56% do total.

Também se manteve na liderança entre os compradores da carne bovina brasileira e respondeu por 19% da receita de US$ 5,77 bilhões em 2012, alta de 4,4% em relação a 2011.
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