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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Eclusas no Pará estão subutilizadas por más condições logísticas

Foto: Ascom Aprosoja

Eclusas no Pará estão subutilizadas por más condições logísticas

Eclusas no Pará estão subutilizadas por más condições logísticas

“Dá orgulho em ser brasileiro!”, foi assim que o diretor executivo do Movimento Pro-Logística, Edeon Vaz Ferreira, definiu a visita do grupo do Estradeiro Aprosoja da BR-158, na sexta (13), às duas eclusas e a central hidrelétrica de Tucuruí, no estado do Pará. Com uma das estruturas mais modernas do mundo, segundo a Eletrobrás Eletronorte, responsável pelo funcionamento, estas eclusas têm capacidade de 40 milhões de toneladas de transposição de cargas ao ano.

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Porém, todo o potencial disponível está subutilizado. A última transposição realizada foi em maio deste ano. A ausência de demanda no local só gera prejuízos, já que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) repassa mensalmente para manutenção R$ 270 mil, o equivalente a R$ 9 mil por dia, independente da utilização do terminal.

De acordo com o coordenador do Movimento Pro-logística, para que a produção do Vale do Araguaia e Pará possa ser escoada pelas eclusas, são necessários alguns trabalhos. “É preciso realizar o derrocamento (remoção das pedras para viabilizar a navegação) do Pedral do Lourenço, recuperar pavimento e pontes das BRs 155 e 158 e criar o terminal multimodal de Marabá”, destacou.

Durante visita à Tucuruí, o presidente da Comissão de Logística da Aprosoja, José Rezende, reconheceu que apesar dos resultados alcançados pelo Movimento Pro-logística, ainda há muito trabalho pela frente. “Ao mesmo tempo em que me alegro com o imenso potencial hidroviário do Pará, fico entristecido em relação às rodovias. Elas estão em péssimas condições, o que impede de utilizarmos a magnifica obra em Tucuruí. Vamos agora concentrar nossos esforços para viabilizar esta rota de escoamento”, afirmou.

O engenheiro responsável pelas eclusas, Carlos Gil, explicou que as duas maiores comportas do mundo são de Tucuruí. “Trabalhamos com a mais alta tecnologia, apesar de estarmos operando de forma parcial, as Eclusas tem capacidade anual de 40 milhões de toneladas de transposição de cargas ao ano. Ou seja, cada comboio de barcaça é capaz de transportar 19,1 mil toneladas. Em outros modais, por exemplo, para esse mesmo volume seriam necessários 191 vagões ou 708 carretas”, explicou.

No retorno para Marabá, a caravana do Estradeiro Aprosoja participou de uma reunião com representantes da Associação Comercial e Industrial do município (ACIM). A cidade que era candidata à capital do estado do Araguaia, caso houvesse a divisão do Pará, também enfrenta profundos problemas com logística. O presidente da associação, Gilberto Leite, também está empenhado para resolver este gargalo. “A forma mais fácil para escoar tanto nossa produção como a de Mato Grosso é pela Amazônia. Nós também estamos pleiteando junto ao Dnit soluções efetivas para a nossa realidade”, lembrou.

No sábado (14), o Estradeiro Aprosoja seguiu para o último compromisso da agenda. No estado do Tocantins foi realizada a visita ao o terminal ferroviário de Colinas, operado pela Vale. No local é feito o transbordo de grãos com destino ao Porto de Itaqui, no Maranhão. A unidade integra a ferrovia norte e sul, e recebe diariamente 120 caminhões de soja. Com capacidade de carregar 10 vagões por hora, tem 120 vagões disponíveis. Uma nova ampliação está prevista para os próximos meses, e até outubro o terminal vai trabalhar em três turnos. Recentemente a Vale adquiriu uma grande área no entorno da atual instalação. O novo terreno será utilizado para ampliação do terminal.
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