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Abate de fêmeas

Até 2015 Mato Grosso poderá viver um “apagão de bezerros” na pecuária local

05 Jul 2013 - 07:20

Especial para o Agro Olhar - Thalita Araújo

Foto: Reprodução

Até 2015 Mato Grosso poderá viver um “apagão de bezerros” na pecuária local

Até 2015 Mato Grosso poderá viver um “apagão de bezerros” na pecuária local

O crescente abate de fêmeas que vem ocorrendo na pecuária mato-grossense, sobretudo a partir de 2011, poderá ter como séria consequência um “apagão de bezerros”, o que deverá ocorrer mais intensamente em 2015, segundo analisa o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari.

“Este ano estamos vendo uma ligeira valorização do bezerro e até 2015 faltará bezerros no mercado e toda cadeia sentirá o reflexo disso”, explica Vacari.

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A análise é resultado de uma pesquisa encomendada pela associação ao Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e que mostra que apenas nos 5 primeiros meses de 2013, 53% de todos os abates no Estado foi de matrizes, o que demonstra a fragilidade financeira pela qual a atividade vem passando.

Segundo informa a Acrimat, o bezerro é considerado a moeda da pecuária e quando falta bezerro todos os elos que compõem a cadeia da pecuária são influenciados. Quando há aumento no preço do bezerro, a arroba também tende a ser valorizada e consequentemente isso chega ao consumidor final.

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“Quando há aumento no preço da arroba isso é refletido no mercado de carnes, mas nem sempre a proporção é a mesma. O varejo tende a majorar a valorização, prejudicando o consumidor de carne”, alerta Vacari.

O superintendente da Acrimat também ressalta que a crescente participação das fêmeas nos abates terá como consequência a redução no rebanho comercial de Mato Grosso, atualmente com 28,6 milhões de animais e considerado o maior do país.

O levantamento do Imea aponta que, sempre que o abate de fêmeas em um ano equivale a 10% ou mais do total de vacas há uma redução no rebanho total.

“Ano passado houve uma diminuição de 1,8% no rebanho mato-grossense, mas até 2015 a redução do rebanho será progressiva e mais impactante para o Estado”, diz Vacari.
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