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logística em pauta

8º Circuito Aprosoja dispara criticas à União e exalta produtor

11 Abr 2013 - 20:40

Da Reportagem Local - Jardel P. Arruda e Rodrigo Maciel Meloni

Foto: Jardel P. Arruda - OD

8º Circuito Aprosoja dispara criticas à União e exalta produtor
O governo federal foi duramente criticado pelas principais lideranças políticas e do agronegócio durante a cerimônia de abertura do 8º Circuito Aprosoja “Plantando Ideias”, que ocorre na noite desta quinta-feira (11) no Cenarium Rural, e conta com a presença de palestrantes norte-americanos, chineses e argentinos.

A falta de iniciativa e foco no que diz respeito aos diversos problemas de logística enfrentados pelo País, em especial Mato Grosso, maior produtor de grãos dentre os 27 estados da federação, foram o alvo principal de senadores, produtores, presidentes de entidades como a Famato e Asprosoja e especialistas com o consultor André Pessoa.

Um dos representantes da União no evento, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller, representante do estado no governo Dilma, apontou avanços como a instalação do 2º turno de trabalho no Porto de Paranaguá, ação que visa resolver parte dos problemas enfrentados pelos produtores.

Carlos Fávaro, presidente da Aprosoja, abriu o evento exaltando o produtor mato-grossense como o ‘melhor produtor do mundo’. “Este evento é maior exemplo da revolução que Mato Grosso promoveu e continua promovendo na agricultura brasileira. Somos um exemplo para o resto do País, e vamos continuar a trabalhar para ajudar nosso produtor a encontrar soluções para continuar crescendo”.

ACOMPANHE O EVENTO
O evento acabou como começou: com o governo na cruz
Atualizada às 23h16

O encerramento do primeiro dia do 8ª Circuito Aprosoja corroborou o seu início, com todas as autoridades criticando, em um uníssono ensurdecedor, a postura adotado pelo governo federal em relação aos problemas de logística enfrentados pelo maior estado produtor de grãos. As soluções apontadas iam das mais radicais (tomar gabinete de ministros) as mais simples (continuar negociando com a União pontos chaves para o desentrave do apagão logístico).

A série de palestras e ações continua pelos próximos dias.

Homero exemplifica agronegócio como salvação econômica do Brasil
Atualizada às 23h07

“O agronegócio construiu cidades ricas, prósperas, revolucionou a forma como cultivamos nossos alimentos e transformou a economia do País; esta mensagem precisa ser levada à Presidência da República e se preciso fazer cm que eles estendam a força”. O discurso do presidente da Bancada Parlamentar Mato-grossense no Congresso, o deputado federal Homero Pereira (PSD), arrancou aplausos do público.

Homero repetiu frase do colega Blairo Maggi (PR) e pediu aos colegas que pressionassem o governo a ser mais pró-ativo. "Precisamos aumentar nossa representação, o modelo de representação que o setor produtivo criou aqui, e mostrar que estamos falando sério", finalizou.

Taques puxa discurso conciliador e adianta ação pós-logística
Atualizada às 22h51

“A bancada federal mato-grossense tem o seu partido, e este partido é Mato Grosso”. O senador Pedro Taques (PDT) conclamou as lideranças políticas a deixar de lado as disputas eleitorais e pediu mais união dos políticos mato-grossenses. Disse que, no máximo em dez anos, os problemas de logística estarão superados, e chamou todos para pensar na pós-logística.

“O desemprego estrutural é o assunto que deve permear nossas discussões agora em diante”, alertou o congressista.

Prioridade é reeleição de Dilma e nada mais
Atualizada às 22h46

Mauro Zanatta acredita que o a economia brasileira está sendo deixada de lado pelo Governo Federal em detrimento da campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff ter sido deflagrada antecipadamente pelo Partido dos Trabalhadores.

“Eles já falaram, a prioridade é a reeleição da Dilma e o resto não interessa”, ratificou o jornalista.


Dilma não teve um ponto positivo sequer em logística
Atualizada às 22h41

A jornalista Cristina Lôbo disparou críticas quanto a gestão da presidente Dilma Rousseff (PT) ao setor de logística nos dois primeiros anos de governo. Ela lembrou do fato de a petista ter feito uma campanha em cima da imagem de “gerentona que ia por o país para andar”, e ter deixado a desejar na prática.

“Não tivemos um ponto positivo nesses dois anos de governo. Não conseguimos um quilometro e estrada”, afirmou a jornalista que atua na Globo News.

Ela ainda criticou a dicotomia PT contra PSDB no país e espera que Eduardo Campos (PSB) possa ser um diferencial nas próximas eleições.

Economista diz que 'Deus, além de brasileiro, é mato-grossense'
Atualizada às 22h39

“Deus, além de brasileiro, é mato-grossense”, declarou o economista Paulo R abello de Castro durante painel da 8º Circuito da Aprosoja, que está em ocorrendo no Cenariun Rural, em Cuiabá.

Para Rabello de Castro, a crise mundial está ajudando a produção brasileira apesar do excesso de liquidez, no que pode ser considerado um paradoxo.

Ele lembra que a expansão das bases monetárias da China e dos Estados Unidos, de um modo ou de outro, puxaram os preços das commodities para cima.

Sobre a prática de mercado conhecida como Efeito Bolha, Rabello pediu que todos rezem para que as coisas 'continuem assim'. "Não existe no Brasil mais a lei de mercado de oferta e demanda", imperou, afirmativo, o economista. 

Agricultura é patinho feio do governo
Atualizada às 22h28

O jornalista Mauro Zanatta afirmou que a Agricultura está fora da agenda central do Governo Federal e as políticas para o setor vêm sendo empurradas com “a barriga”. “Está claro que na visão de gabinete deles a agricultura vai muito bem e é o patinho feio da agenda de Governo”, disse, durante o debate entre os participantes do evento.

De acordo com ele, um dos motivadores desse problema é a concentração de poder na Casa Civil, onde vigora uma visão ideológica conflitante com os ruralista, devido ao núcleo petista. “Lá tem um homem que é osso duro de roer. Gilson Bitencour, que tem uma preferência pela agricultura familiar”, afirmou.


Presidente da Aprosoja Brasil diagnostica problema do País: “todos os setores”
Atualizada às 21h50

Glauber Silveira, presidente da Aprosoja Brasil, começou pro criticar as licenças ambientais e as apontou como o principal problema enfrentado por produtores no Brasil. Depois, asseverou discurso contra o governo federal. “Incompetente, sem foco, não sabe executar nada e falta alguém de pulso firme para fazer as coisas acontecerem”.

Ao final, diagnosticou o verdadeiro problema do País. “No Brasil todos os setores são o problema”.

Safrinha vai sofrer queda de preço sem ajuda do Governo
Atualizada às 21h48

O palestrante André Pessoa chamou atenção para o fato de a produção do milho safrinha poder sofrer uma queda de preço vertiginosa devido a safra recorde dos Estados Unidos e ao alto custo de escoamento do Brasil.

“Eles (mercado exterior) não tem motivos para comprar rápido porque tem certeza que não teremos como escoar, o milho vai ficar estocado e o preço vai cair depois”, disse o palestrante, na parte inicial da explanação.

Para ele, o Governo Federa precisa urgentemente no preço da logística do escoamento, por mais que essa seja uma prática malvista no mercado externo, antes da janela de venda para o exterior, até setembro, se “feche” devido a entrada do milho do Estados Unidos no mercado.

Especialista do setor, Pessoa diz que não acredita mais no setor público
Atualizada às 21h27

O sócio-fundador da AgroConsult, André Pessoa, que irá ministrar palestra com o tema “Cenário e Oportunidades do Agronegócio”, disse que está mais ‘pessimista do que otimista’ com as ações do governo federal .”Há mais de 20 anos ouvimos um discurso que não sai do papel, e isso torna difícil acreditar em qualquer promessa feita pelos nossos governantes”.

O especialista argumentou que a única saída para o problema de logística, enfrentado pelos produtores de grão e por toda a população dos estados produtores, é ter na iniciativa privada a crença de que as ações que precisam ser executadas serão levadas adiante.

Críticas e “panos quentes”
Atualizado às 21h18

Enquanto os senadores Jaime Campos (DEM) e Pedro Taques (PDT) fizeram duras críticas as políticas governamentais para com o setor ruralista, o senador Blairo Maggi (PR) e o secretário nacional de Políticas Agrícolas, Ney Geller, botaram “panos quentes” e fizeram lobby das ações do novo ministro de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade, que assumiu a pasta recentemente.

“Ele acabou de entrar e já sabe, por nome, todas as rodovias que passam dentro de Mato Grosso. Essa é a 158, essa é a 242, essa é a 364. Ele acabou de entrar mas está muito ligado a nossa situação”, disse o senador Maggi.

“O novo ministro me perguntou o que deveria saber para começar a resolver nossos problemas. Eu disse a ele para se reunir com o nosso setor e o que aconteceu essa semana? Uma reunião. Então ele está no caminho certo paraconseguir soluções com medidas práticas”, completou Nery.

Jaime batiza órgão de ‘Ministério da Injustiça’ e defende fim do Fethab

Atualizada às 21H11

O senador Jaime Campos (DEM), ex-governador de Mato Grosso, defendeu veementemente o fim do Fethab. “Um fundo criado apenas para desvio de verbas e que não cumpre com seu papel, com seu propósito, deve ser extinto”, bravejou o congressista.

Dando continuidade ao discurso de caráter eleitoral, Jaime atacou o Ministério da Justiça, ao qual chamou de Ministério de Injustiça. “Este órgão só serve para atrapalhar o crescimento do Brasil, é o órgão mias burocrático da máquina pública federal, e que acaba por favorecer uma série de injustiças”.

Novas "Suiás" e falta de mão de obra
Aualizad às 20h44

Ainda no discurso de apresentação, antes do início da palestra e do debate, o candidato a reeleição a presidência da Famato, Rui Prado, afirmou que é insuficiente a oferta de mão de obra para o setor para a produção agrícola, tanto em qualidade quanto em quantidade, em Mato Grosso, se comparada ao ritmo de crescimento da cadeia do soja no Estado.

"Não estamos tendo gente no campo em quantidade e qualidade. A tecnologia avançou demais e esta tudo dentro das máquinas, mas as pessoas não conseguem extrair das máquinas as ferramentas para beneficiar a produção e a sociedade mato-grossense.

Em seguido, o deputado José Riva lembrou da entrega das terras de Suiá-Missú, agora marãiwatsédé, para o povo Xavante, e pediu para as autoridades não apenas concentrarem o discurso em logística. "Precisamos prestar atenção a isso. Já erramos em não debater o assunto antes e novas suiás-missús podem acontecer", afirmou.

Mais informações em instantes.
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