Não fossem os grandes problemas logísticos que assolam Mato Grosso e o restante do país, o milho produzido por aqui estaria com preço ao menos 60% mais alto que o que está sendo praticado.
Fávaro acredita que intervenções do governo irão equilibrar situação do milho no Estado
O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Carlos Fávaro, afirma que essa conta por ser ainda maior. “Se tivéssemos condições logísticas e não gastássemos tanto com frete, o milho estaria de 60% a 100% mais caro”, estima.
O cereal tem registrado constantes quedas de preço desde o início do ano, chegando a índices inferiores ao preço mínimo, o que resultou em intervenções do governo com a realização de leilões.
Colheita do milho chega a 91% durante esta semana em Mato Grosso
Mato Grosso produziu quase 16 milhões de toneladas de milho na última safra e, no atual ciclo, que está em fase final de colheita, a estimativa é de aproximadamente 18,7 milhões de toneladas do cereal.
“Para resolver esse problema do milho, nós temos duas opções: ou caminhamos para trás deixando de investir em lavouras e tecnologia, plantando áreas menores, o que é um retrocesso, ou o governo investe em infraestrutura logística que nos permita escoar com eficiência a produção”, alerta Carlos Fávaro.