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Sábado, 20 de abril de 2024

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Infraestrutura defasada para escoamento de grãos é reflexo da falta de planejamento de governos anteriores, diz Fávaro

Foto: Reprodução

A infraestrutura adequada é o principal “Calcanhar de Aquiles” do agronegócio brasileiro

A infraestrutura adequada é o principal “Calcanhar de Aquiles” do agronegócio brasileiro

Iniciou nesta segunda-feira (05) a 12º Congresso Brasileiro do Agronegócio organizado pela Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) com o tema “Logístico e Infraestrutura – O Caminho da Competitividade do Agronegócio”. O objetivo do evento era apresentar alternativas diante da falta de infraestrutura existentes no ramo no agronegócio.

O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja), Carlos Fávaro, participou do painel “As oportunidades e as dificuldades para o aumento da oferta”. Nele, ressaltou a falta de infraestrutura do país, e disse que as dificuldades enfrentadas hoje são reflexos da falta de planejamento dos sucessivos governos que administraram o país.

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Para o presidente de outra associação, a Brasileira do Agronegócio (Abag), Luiz Carlos Corrêa Carvalho, a opinião de Fávaro é fundamentada. "A infraestrutura adequada é o principal 'Calcanhar de Aquiles' do agronegócio brasileiro", observa Carvalho.

De acordo com Fávaro, a falta de logística é o principal problema enfrentado pela agricultura, que impossibilita o desenvolvimento do setor, sendo uma séria ameaça ao futuro da população. Fávaro defendeu o atual programa para armazenagem, mas entende que a solução deve vir principalmente através da construção de obras para escoamento dos grãos.

Fávaro criticou o atual governo pelo pouco foco nas hidrovias, programa este que não consta no Plano de Investimento em Logística (PIL) ou Programa de Investimento em Logística – Rodovias e Ferrovias, apelidadas de PAC das Concessões.

Produtor brasileiro
O produtor brasileiro é um dos mais eficientes e produtivos do mundo, mas dentro da fazenda perde competitividade perante os demais por conta da falta de infraestrutura para escoar o grão. “O agricultor brasileiro começa a perder vantagem acumulada da porteira pra dentro da fazenda na hora de escoar sua safra, pois se depara com uma estrutura de transporte arcaica, insuficiente, deteriorada ou, em muitos casos, inexistente” concluiu Fávaro.

Exemplo da falta de infraestrutura é o custo de frete de Mato Grosso até o porto de Santos (SP), responsável pelo escoamento de 58% da produção de soja e 69% de milho do estado, em com comparação a outros países. Enquanto uma tonelada de grãos custa mais de 130 dólares para ser levada até o Porto de Santos, em outros países o custo é em torno de 30 dólares por tonelada.

Para o presidente da Abag, Luiz Carvalho, precisa-se encontrar políticas que possibilitam virar o jogo para ter melhorias nas condições de competir com produtores dos Estados Unidos, Argentina e de outros países com os quais disputam o comércio internacional de commodities agrícolas.

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