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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Notícias | Logística

Produtores do Sul do país aguardam aprovação de projeto que deve tornar a BR 101 em corredor sanitário

Produtores do Sul do país aguardam pela aprovação de um projeto que vai transformar uma das principais rodovias da região em corredor sanitário. Atualmente na BR 101, que liga o Rio Grande do Sul a Santa Catarina, só é permitido o trânsito de produtos e subprodutos de origem vegetal que se destinam à exportação pelos portos catarinenses. Se aprovado, o tempo de viagem entre os Estados será menor e vai trazer mais segurança. Além disso, vai ser permitido o trânsito de animais vivos, produtos e subprodutos de origem animal, que hoje é proibido.

– Hoje o corredor sanitário de carga animal é feito pela cidade de Vacaria. Isso é determinado por legislação federal. A dificuldade da BR 101, hoje, em ser um corredor sanitário, é um problema de fiscalização em Santa Catarina – disse o supervisor regional de fiscalização do RS, Flávio Cunha.

Para que esse tipo de carga trafegue com segurança é necessária uma estrutura adequada, com maior fiscalização. Atualmente, cada Estado é responsável por fiscalizar o trânsito de caminhões e notas fiscais em um mesmo posto fiscal de divisa, localizado no município de Torres (RS).

– Na nossa parte precisaria de um reforço de pessoal, na entrada, porque é aonde chega mais cargas. A questão de SC é que eles alegam didifuldades com a fiscalização na 101 – conta o supervisor do RS.

Uma das principais vantagens para o Rio Grande do Sul em transformar a BR 101 em corredor sanitário é a melhoria na logística. Recentemente a rodovia foi duplicada, está com pista nova e plana. A redução no tempo das viagens pode ser de até 10 horas, o que traria maior competitividade ao Estado.

Segundo o presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), Rogério Kerber, o Rio Grande do Sul possui, hoje, cinco corredores sanitários localizados em pontos diferentes do Estado – Iraí, Barracão, Marcelino Ramos, Vacaria e Torres, e somente um ponto de entrada de produtos vegetais destinados à exportação e à comercialização nos municípios ao longo da BR 101.

– O atual corredor normal para essas produções tem que deslocar pela BR 116, que tem pista simples e onde o tráfego vem aumentando. Uma região de topografia acidentada, que acaba estendendo o tempo de duração de uma viagem – avalia Kerber.

Um documento com o pedido do novo espaço sanitário foi entregue pelo fundo de desenvolvimento e defesa animal ao Ministério da Agricultura, que deve intermediar as negociações com o governo de Santa Catarina.
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