O bloqueio realizado por indígenas nas BR-364 e BR-174 passa a causar prejuízos para os pecuaristas e ameaça o abastecimento de carnes em Mato Grosso e para outros estados compradores. De acordo com a Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), os produtores podem ser lesados com a queda nas vendas de animais para os frigoríficos, que poderão reduzir a escala de abates a fim de evitar perdas de produtos.
Devido à interdição por parte dos índios de diferentes etnias, caminhões carregados com produtos perecíveis, como carne, estão impedidos de circular e com isso corre-se o risco de que o alimento estrague. Na manhã desta quinta-feira (30.08), o Sindicatos das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo-MT) recorreu à Assembleia Legislativa em busca de ajuda para o desbloqueio das estradas.
O superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, explica que aos produtores o prejuízo chega a partir da suspensão do abate para evitar que os produtos estraguem durante a espera nos caminhões ou que os estoquem superem a capacidade das unidades. “Os pecuaristas poderão ter a comercialização comprometida com a redução da escala de abates. Além disso, pode haver dificuldades para entrega de animais nas indústrias em algumas cidades mais distantes dos compradores”.
O governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, está em Brasília para conversar com o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso e pedir a intervenção no caso. Com a Serra de São Vicente bloqueada as principais cidades mato-grossenses correm o risco de ficarem desabastecidas, como é caso de Cuiabá e a Baixada Cuiabana.