Dentre os problemas que mais afetam a atividade de cria bovina estão a baixa qualidade genética do rebanho e a falta de renda dos criadores, segundo aponta o estudo “Diretrizes para o Desenvolvimento da Pecuária de Corte de Mato Grosso”, desenvolvido pela Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), em parceria com universidades do Estado.

A baixa qualidade do rebanho é resultado da falta de investimentos em melhoramento genético dos animais que, por sua vez, acontece por falta de renda dos criadores.

“Grande parte dos pecuaristas de cria não tem renda porque não tem qualidade e num caminho inverso não tem qualidade porque não tem renda”, consta do estudo.

A solução apontada seria a criação de linhas de créditos que atendessem a esta demanda, com juros que a atividade pudesse suportar.

Luciano Vacari, superintendente da Acrimat, explica que a pecuária necessita de linhas diferenciadas, já que o ciclo de produção é diferente e bastante longo, ao contrário da agricultura, por exemplo, que tem um ciclo muito mais curto e, logo, retorno mais rápido.

A publicação diz que “há necessidade de revisão da política fiscal dos governos estadual e federal em relação aos insumos, máquinas, equipamentos e implementos, que se faz necessária para a adoção, pelo segmento, de tecnologias para o aumento da produtividade e produção sustentável”.

A falta de manejo e de informação e capacitação dos criadores também são apontadas como problemas que entravam o desenvolvimento do setor. O primeiro é um dos que mais contribuem para a degradação e morte das pastagens.

Entre outros problemas levantados estão a falta de planejamento nutricional do rebanho, deficiência no manejo sanitário, dificuldades na comercialização e preço baixo do bezerro, baixa eficiência reprodutiva e falta de infraestrutura logística de transportes.