O vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta (Republicanos), afirmou nesta quarta-feira (11) que a confirmação de um foco de influenza aviária H5N1 (gripe aviária) em aves domésticas no município de Campinápolis “causou um sustinho”, mas não representa risco imediato ao setor produtivo do estado. Segundo ele, o governo adotou as medidas necessárias para conter o avanço da doença e garantir transparência nas ações de vigilância sanitária.

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“Aconteceu um caso isolado, as medidas foram tomadas ainda no final de semana e estamos atentos, vigilantes. Sempre dá um sustinho, mas não tem perigo algum”, declarou. “O Indea é uma instituição que tem dado respostas exemplares nas ações de sanidade animal”, completou.

O caso foi confirmado no último sábado (7) pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em uma criação de subsistência localizada em Campinápolis. Em resposta, o governo estadual publicou decreto na segunda-feira (10) declarando estado de emergência zoossanitária por 90 dias em todo o território mato-grossense. A medida autoriza compras emergenciais, destinação de fundos e adoção de normas complementares para controle e erradicação do vírus.

Apesar da confirmação, o governo e o setor produtivo destacam que o episódio não deve gerar impacto comercial, já que não há granjas industriais no raio de 10 quilômetros do foco, e o Brasil mantém o status de país livre de gripe aviária em aves comerciais.

“Recebemos há 15 dias um certificado da Comunidade Europeia do Brasil como zona livre da febre aftosa. Isso mostra o nível de controle e competência do Brasil no cuidado com a sanidade animal”, acrescentou Pivetta.

A área onde o vírus foi detectado está isolada e passa por monitoramento do Serviço Veterinário Oficial. O governo reforça que o consumo de carne e ovos continua seguro.

Este é o quarto caso de gripe aviária registrado em aves domésticas no país. Em maio, o Brasil confirmou também um foco em aves comerciais no Rio Grande do Sul, sem impacto nas exportações.

Orientações em caso de suspeita:
 

• Evitar contato com aves doentes ou mortas;
   
• Informar imediatamente o INDEA-MT ou o Mapa;
   
• Não consumir carne ou ovos de aves com sintomas como dificuldade respiratória, redução na produção de ovos ou morte súbita.

Novas recomendações devem ser divulgadas pelos órgãos de controle nos próximos dias.