O governador em exercício de Mato Grosso, Otaviano Pivetta, declarou estado de emergência zoossanitária por 90 dias em todo o estado após a confirmação de um foco de influenza aviária H5N1 (gripe aviária) em aves domésticas no município de Campinápolis. O decreto, publicado nesta segunda-feira (10), autoriza medidas emergenciais para conter a disseminação do vírus.

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A decisão foi tomada após a confirmação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), no último sábado (7), da presença do vírus em uma criação de subsistência. O caso é o quarto registrado no Brasil em aves domésticas, mas autoridades reforçam que não há risco para o comércio de produtos avícolas, já que não há granjas comerciais no raio de 10 km do foco.

O decreto estadual permite compras emergenciais de insumos para ações de controle sanitário, suprimento de fundos para agilizar medidas de vigilância e normas complementares pelo Instituto de Defesa Agropecuária (INDEA/MT) para monitoramento e erradicação da doença.

A área onde o vírus foi detectado já foi interditada, e equipes do Serviço Veterinário Oficial realizam o monitoramento de aves em propriedades próximas. O governo reforça que o consumo de carne e ovos continua seguro, já que o vírus não foi encontrado em granjas comerciais.

O Brasil mantém o status de país livre de influenza aviária em aves comerciais.  O Mapa já havia confirmado um foco em aves comerciais no Rio Grande do Sul em maio, mas as exportações não foram afetadas. O decreto estadual pode ser prorrogado caso a situação epidemiológica exija. Enquanto isso, produtores e autoridades reforçam as medidas de biossegurança para evitar novos surtos.

O que fazer em caso de suspeita?

• Evitar contato com aves doentes ou mortas;
• Comunicar imediatamente ao INDEA/MT ou ao Mapa;
• Não consumir aves com sintomas (dificuldade respiratória, queda na produção de ovos ou mortes repentinas).

O governo estadual deve divulgar novas orientações nos próximos dias para evitar a propagação do vírus, que, embora raro, pode representar riscos à saúde humana em casos de contato direto com animais infectados.