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Terça-feira, 25 de março de 2025

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Ferrovia de Integração Centro-Oeste

Wellington Fagundes destaca importância da FICO para Mato Grosso, após audiência da ANTT

Wellington Fagundes destaca importância da FICO para Mato Grosso, após audiência da ANTT
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) realizou, na manhã de terça-feira (11), uma audiência pública em sua sede, em Brasília, para discutir a concessão da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO), infraestrutura essencial para o escoamento da produção agropecuária de Mato Grosso. O evento reuniu representantes do governo, especialistas do setor e entidades ligadas à logística e infraestrutura.


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O senador Wellington Fagundes, presidente da Frente Parlamentar Mista de Logística e Infraestrutura (Frenlogi), tem acompanhado de perto o avanço do projeto e destacou a relevância da ferrovia para o estado.
 
"A FICO será um marco no desenvolvimento logístico de Mato Grosso, garantindo competitividade ao nosso agronegócio e atraindo novos investimentos. Reduzir o custo do frete é essencial para ampliar nossa presença nos mercados nacional e internacional", afirmou.
 
A mesa diretora da sessão foi composta pelo ouvidor da ANTT, Robson Crepaldi, e pelo Secretário Nacional de Transportes Ferroviários, Leonardo Ribeiro, acompanhados pelo superintendente de Concessão de Infraestrutura, Marcelo Fonseca, pelo superintendente de Projetos Ferroviários da Infra S.A. e pelo coordenador de Modelagem de Projetos, Huber Tokunaga.
 
Também estiveram presentes Edeon Vaz, diretor executivo do Movimento Pró-Logística de Mato Grosso, e Carley Welter, diretor de Relações Institucionais da ANATC, ambos conselheiros do Instituto Brasil Logística (IBL).
 
No início da sessão, o secretário Leonardo Ribeiro ressaltou a importância da criação de um corredor ferroviário estratégico que se integrará à Ferrovia Norte-Sul, permitindo uma melhor conexão entre as regiões produtoras de Mato Grosso e os portos brasileiros. A iniciativa busca estruturar soluções eficientes para a otimização dos contratos existentes e a implementação de um plano ferroviário nacional que contemple o escoamento da safra mato-grossense.
 
A Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO), designada como EF-354, terá aproximadamente 1.641 quilômetros de extensão em bitola larga quando concluída. Seu traçado conectará a Ferrovia Norte-Sul (FNS), em Mara Rosa (GO), até Vilhena (RO), facilitando o escoamento da produção agropecuária do Centro-Oeste, especialmente de Mato Grosso.
 
O projeto da FICO está dividido em três trechos:
 
• Mara Rosa (GO) a Água Boa (MT): Primeiro trecho em construção, com 383 km de extensão. As obras, iniciadas em setembro de 2021, estão sendo executadas pela mineradora Vale S.A. como contrapartida à prorrogação antecipada do contrato da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM). A previsão de conclusão é 2026.
 
• Água Boa (MT) a Lucas do Rio Verde (MT): Trecho de 505 km, fundamental para atender a produção de grãos do centro-norte de Mato Grosso, a maior região produtora de soja do Brasil. O projeto básico foi concluído em 2012, mas as obras ainda não foram iniciadas.
 
• Lucas do Rio Verde (MT) a Vilhena (RO): Com aproximadamente 646 km, este segmento visa conectar a região produtora de grãos do sul de Rondônia e facilitar o transporte de combustíveis e produtos industrializados. Ainda não há previsão para o início das obras.
 
O senador Wellington Fagundes enfatizou que a FICO representa um passo essencial para consolidar Mato Grosso como o principal polo agroexportador do Brasil. "Temos um estado com grande capacidade produtiva, mas precisamos de infraestrutura adequada. A ferrovia é uma solução eficiente, sustentável e estratégica para garantir que nossos produtos cheguem de forma mais barata e rápida aos portos", afirmou.
 
Durante a audiência, o conselheiro do IBL, Edeon Vaz, ressaltou as dificuldades enfrentadas pelos produtores para escoar suas mercadorias devido aos altos custos logísticos. Ele criticou a modelagem atual, que favorece o monopólio, e defendeu a necessidade de mudanças para permitir maior concorrência intra-modal.
 
Vaz apontou a Ferrogrão como uma alternativa promissora para a adoção de um modelo de operador ferroviário independente, o que poderia reduzir os custos de frete. Ele também destacou que avanços significativos na FICO dependem de um maior aporte de recursos do Governo Federal.
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