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Segunda-feira, 11 de novembro de 2024

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após demissão

Ex-superintendente do Senar, José Fidelis acusa presidente da Famato de irregularidades e nepotismo

Foto: Reprodução

Vilmondes Tomain

Vilmondes Tomain

O ex-superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT) e presidente do Sindicato Rural de Matupá, José Luiz Martins Fidelis, publicou, na última semana, uma carta intitulada por ele de “nota explicativa” na qual faz acusações contra o presidente do sistema da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Vilmondes Tomain. A Famato é integrada por várias entidades, entre elas o Senar. AgroOlhar tenta contato com Vilmondes.


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Fidelis foi demitido por Tomain no último dia 16 de setembro. No dia seguinte ao seu desligamento, ele redigiu uma carta endereçada aos presidentes de sindicatos rurais, diretores e conselheiros do Senar, afirmando que não iria sair “sem dizer o que acontecera e o que está acontecendo”.

“Não sou como os demais colaboradores que ele dispensou por bel prazer, taxando-os de incompetentes, pois iria ficar muito ruim para mim não me explicar a cada um de vocês, que convivi com a grande maioria por mais de 7 anos, ao qual tenho minha admiração e respeito”, escreveu o ex-superintendente.

Segundo Fidelis, sua demissão se deu por conta de uma conversa com o conselheiro Diogo Molina na qual eles tratavam sobre insatisfações e necessidades no Senar. “Na ocasião ele [Diogo] também pontuou a insatisfação de como as coisas estavam sendo levadas para o Conselho, e eu disse que ele como membro efetivo do Conselho deveria conversar diretamente com o Presidente que não ouvia mais ninguém, ou ao menos a mim não estava ouvindo”, contou. 

Na conversa do ex-superintendente com o conselheiro Diogo Molina, eles demonstraram descontentamento com os gastos feitos pelo Sistema Famato no qual visualizaram como desnecessários e também com a contratação de familiares de Tomain, denunciando um suposto nepotismo. Confira abaixo as irregularidades apontadas
  • gastos com a Comissão Famato Mulher, que, segundo o ex-superintendente, se tornou uma Famato paralela, com uma proposta interessante, porém, sem a objetividade do Senar, inclusive com um Termo de Cooperação Técnica e Financeira com valor superior a R$ 1,1 milhão;
  • a aprovação monocrática do presidente do conselho, de patrocínios com escolhas e valores diferentes sem uma justificativa plausível, com distorção de valores, como por exemplo, R$ 150.000,00 para uma feira técnica consolidada e R$ 300.000,00 para uma outra na sua 2ª edição;
  • a contratação para cargo de confiança de pessoas ligadas diretamente a ele [Vilmondes] - cita ex-cunhada, genro e sobrinho da esposa
  • os colaboradores trabalham sob tensão, "pois a prepotência, arrogância e a soberba de alguns dirigentes, com aval do Presidente é algo inadmissível no mundo de hoje";
Fidelis foi demitido por Vilmondes na quarta-feira pela manhã na sala do conselho e estavam presentes o jurídico do Senar, o assessor institucional, o diretor financeiro, a chefe do RH, o jurídico do Senar/Famato. 

“E o presidente [Vilmondes] disse que estavam ali para me dispensar, que não iria explicar nada e que ele só iria dizer um nome: DIOGO MOLINA”, contou na carta.  

De acordo com Fidelis, o Conselheiro Diogo Molina conversou com o conselheiro Marcelo Lupatini para abordar como iriam tratar das instalações com o presidente. Contudo,  Marcelo antecipou a fala, colocou a sua versão com base na conversa que teve com o Diogo,e nisso o presidente o convidou para ser superintendente do Senar. “Simples assim, por isso que ele falou o nome Diogo”.

“Como a hombridade não lhe é personalística, envolveu uma pessoa séria e com enorme retidão como o Diogo Molina, como sendo o estopim para minha demissão. Ora senhores (as), vocês todos me conhecem, uns mais, outros menos, jamais deixei de levar a todos os questionamentos que me eram imputados, e não seria nessa hora que me furtaria de tal esclarecimento”, escreveu o ex-superintendente. 

“Tive mudança drástica na minha vida para pôr em prática esse projeto, contudo, já diz uns amigos meus "você não é mais Presidente, então não tem voto, torna-se obsoleto". Meu erro foi ter aberto mão de uma vaga na diretoria da Famato e ter acreditado que a mera construção de um projeto em conjunto, baseado na palavra, seria o suficiente para caminharmos durante 04 anos juntos”, completou.   
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