O presidente da União Nacional do Etanol de Milho (Unem), Guilherme Nolasco, afirmou que o uso do milho para a produção de biocombustível se tornou um modelo verticalizado além de emitir 85% menos gases nocivos na atmosfera. Em até 10 anos, Mato Grosso deve produzir mais de 12 bilhões de litros de etanol derivado do grão.
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Mato Grosso é o estado com maior produção de etanol de milho no país, com onze plantas em funcionamento. Pelo menos seis plantas são destinadas ao etanol à base de milho.
De acordo com o presidente-executivo da União Nacional de Etanol de Milho (UNEM), Guilherme Nolasco, a cadeia do etanol de milho e cereais está inserida em um círculo virtuoso de investimentos que integra cadeias de grãos, pecuária, floresta e biocombustíveis.
“É um modelo de negócio verticalizado. Além de aproveitarmos o milho para fabricarmos combustível, contribuímos para a intensificação de carne com a oferta de farelo de milho (DDG e DDGS), nutritivo e mais acessível para o pecuarista. Além disso, aproveitamos a biomassa produzida como fonte de energia em nossas indústrias”, citou Nolasco durante a Expoagro realizada neste mês em Cuiabá.
Até a safra 2030/31, a expectativa é que o estado atinja a produção de 80 milhões de toneladas do grão segundo os dados do do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Outra vantagem do etanol de milho produzido no modelo brasileiro é que ele emite até 85% menos gases de efeito estufa se comparado com a gasolina.
“Enquanto o processo de queima da gasolina emite 2,8 toneladas de CO² por ano, a queima de etanol é de 400kg por ano”, compara Nolasco.