Um levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia (Imea) apontou uma desvalorização de 43% no preço da saca de 60 quilos do milho no mês de julho em comparação com o mesmo período de 2022. No mês anterior, a saca do grão chegou a ser cotada a R$ 33.
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Segundo o Imea, em julho do ano passado, a saca de 60 quilos custava R$ 58,48 sendo que neste ano o preço caiu para R$ 33,23.
Esse cenário é em decorrência do aumento da disponibilidade do cereal no mercado interno, do déficit de armazenagem e da perspectiva de uma produção de 50,15 milhões de toneladas, 14,39% a mais que a safra 21/22.
Além da forte pressão interna, para as próximas semanas o preço do cereal poderá ainda ser impactado pelas oscilações da CME Group devido à produção da safra americana ainda estar em aberto e ao aumento das tensões entre a Rússia e a Ucrânia.
O diretor-executivo da Abramilho, Glauber Silveira, apontou que os produtores do milho em Mato Grosso podem perder até R$ 10 por saca durante as vendas. Glauber afirmou que somente 20% das propriedades rurais possuem armazéns para os grãos.
Com a dificuldade para armazenar os grãos, os produtores são 'forçados' a venderem o produto mais barato para grandes empresas para que não tenha prejuízo maior. Porém, os empresários acabam perdendo até R$ 10 por saca.