A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) apontou que Mato Grosso exportou mais de 275 mil toneladas de carnes nos primeiros seis meses deste ano. O total representa um aumento de 2,25% em comparação ao mesmo período de 2022.
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Segundo a Secex, somente no mês de julho foram exportados 56,90 mil toneladas de carne. O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) apontou que esse foi o maior volume exportado na série histórica da proteína vermelha para o primeiro semestre, apesar do embargo nas compras chinesas após a confirmação do caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina atípica, conhecido como Mal da Vaca Louca.
O gigante asiático continuou na liderança e foi responsável por 56,90% da carne bovina exportada por Mato Grosso. Desse modo, se mantido o padrão dos últimos anos, a China tende a aumentar as compras no segundo semestre, aquecendo o mercado de exportação do estado.
Abate
Conforme o boletim do Imea, houve um recuo no abate de bovino em decorrência do início da seca no estado. Os dados do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) afirmam que foram enviadas 519,80 mil cabeças para abate no mês de junho.
No entanto, apesar da redução no comparativo mensal, foi o maior volume de bovinos abatidos para o mês de junho na série histórica. A participação de fêmeas continuou em alta e elas fecharam o mês sendo responsáveis por 51,50% dos abates totais.
Dito isso, foram enviadas 1.44 mi fêmeas ao gancho no 1º semestre de 2023, volume 20,74% maior que a média do mesmo período nos últimos 10 anos. Quando comparado com o 1º semestre de 2022, a diferença é ainda mais intensa, com aumento de 35,63%. Por fim, a tendência é que a oferta de fêmeas comece a restringir no 2º semestre, cabe ressaltar que 2023 tem sido um ano com padrões acima da média quando se trata de fêmeas.