O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) apontou um aumento de 54,21% na safra da pluma do algodão que deverá ser exportada. Ao todo, cerca de 1,46 milhão de toneladas da fibra serão exportadas. É projetada uma produção recorde de 5,27 milhões de toneladas de algodão em caroço.
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De acordo com os dados do Imea divulgados nesta semana, o aumento do consumo da fibra se deve a melhora na economia mundial, o que tende a influenciar na recuperação da demanda externa pelo algodão.
Desse modo, a perspectiva é de que sejam exportados 1,46 milhão de toneladas de pluma deste ciclo, volume 54,21% maior que o estimado para a temporada passada.
Além disso, para o consumo interno, é esperado um aumento de 3,74% e, 4,62% no consumo interestadual e de Mato Grosso, ante a safra 2021/22, totalizando 513,89 mil toneladas e 25,86 mil toneladas de pluma, respectivamente.
De acordo com o Imea, a área estimada para o algodão da safra 22/23 ficou em 1,20 milhão de ha, 0,28% maior que o registrado no último relatório. Esse cenário é resultado do incremento nas áreas de primeira safra, visto que os produtores estavam visando semear um maior percentual dentro da janela ideal.
Já em relação à produtividade, é esperado um rendimento médio de 292,35 arroba por hectare, sendo 0,85% maior que o observado na estimativa de junho de 2023. Esse panorama é reflexo, principalmente, das condições climáticas favoráveis que contribuíram para o bom desenvolvimento do algodão.
No entanto, possíveis incidências de chuvas, pragas e doenças são fatores ainda incertos que podem comprometer a produtividade e qualidade final da fibra.
Por fim, diante desses reajustes positivos na área e rendimento do algodão, é projetada uma produção recorde de 5,27 milhões de toneladas de algodão em caroço.