Quase duas semanas após o último levantamento feito pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) sobre o preço do Etanol em Mato Grosso, postos de combustíveis de Cuiabá estão comercializando o litro do derivado de cana-de-açúcar ou milho abaixo de R$ 3. Em 21 de agosto, a agência fiscalizou 73 unidades no estado e constatou preço médio de R$ 3,39. Nesta quinta-feira (1), o litro do “álcool” está sendo vendido em alguns locais por R$ 2,97, o que representa variação na revenda de 42 centavos, levando em conta o período recortado. Sobre a gasolina, a Petrobrás anunciou hoje (1) que a partir desta sexta-feira (2), haverá diminuição de 7% nas distribuidoras.
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Nos postos que estão comercializando o derivado do milho ou cana-de-açúcar abaixo de três reais, é mais vantajoso abastecer com etanol que com gasolina, que está sendo vendida por aproximadamente R$ 4,97.
O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Mato Grosso, Sindipetroleo, divulgou o cálculo fácil para saber qual dos combustíveis é mais vantajoso para abastecer.
Basta dividir o preço do litro do etanol pelo da gasolina. Se o resultado for inferior a 0,7, o derivado da cana-de-açúcar ou de milho é o melhor para abastecer. Se for maior que 0,7, então a gasolina é melhor.
Nesta quinta-feira (1), a Petrobrás anunciou nova diminuição no litro da gasolina, em 7% nas suas distribuidoras. De acordo com a estatal, o preço cairá de R$ 3,53 para R$ 3,28 por litro, redução de R$ 0,25 por litro.
O novo valor vale a partir desta sexta-feira (2) e não afeta os demais combustíveis. A parcela da Petrobras no valor ao consumidor passará de R$ 2,57, em média, para R$ 2,39 a cada litro vendido na bomba, ao considerar a mistura de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro.
Além desta parcela, há outros fatores que influenciam no preço final. Por isso, a redução nas refinarias e não precisa necessariamente chegar às bombas, ou chegar na mesma proporção. Distribuidoras e postos são livres para definir preços.
Segundo a Petrobras, a medida acompanha a "evolução dos preços de referência" no mercado internacional e "é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio", afirmou em nota a estatal.
Com sucessivos aumentos do custo em escala do etanol nas usinas e distribuidoras, por consequência, nas bombas, a vantagem tem variado em todo o Brasil, sendo a gasolina mais vantajosa em alguns os estados atualmente.
A competitividade entre os dois produtos é calculada considerando que o poder calorífico do motor a etanol de cana ou de milho é de 70% do poder nos motores à gasolina. Quando a proporção alcança 70%, em média, é considerada indiferente a utilização de etanol ou de gasolina no tanque.