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Terça-feira, 15 de outubro de 2024

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'Ctecno Parecis'

Em evento da Aprosoja-MT, centro de pesquisa apresenta mais de 100 híbridos de milho e cobertura de solos

Foto: Aprosoja-MT

Em evento da Aprosoja-MT, centro de pesquisa apresenta mais de 100 híbridos de milho e cobertura de solos
A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) realizou, nesta sexta-feira (13), o dia de campo do Ctecno Parecis - Etapa Milho, em Campo Novo do Parecis (391 km de Cuiabá). O evento contou com a participação de cerca de 150 participantes, entre eles, produtores, agrônomos, estudantes e empresários do agro.


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De acordo com a assessoria da Aprosoja-MT, mais de cem híbridos de milho foram plantados em três vitrines, sendo uma semeada em dezembro, outra em janeiro e a última em fevereiro. "Hoje estamos colhendo os resultados de três anos de trabalho", disse o vice-presidente da Aprosoja Mato Grosso, Lucas Costa Beber.

"Sabemos que a segunda safra é importante para os produtores e, com isso, temos várias pesquisas, testando a eficiência contra pragas e enfezamentos, como a cigarrinha-do-milho", completou. 

Ainda conforme a associação, entre os apontamentos observados nas vitrines de milho, o destaque é para um problema que vem dando prejuízos para muitos produtores, que é a falta de chuva na época de enchimento de grãos e crescimento da planta. A estiagem diminuiu a produção em alguns protocolos semeados em período mais tardio.

O produtor rural de Gaúcha do Norte e segundo vice-presidente Leste da Aprosoja-MT, Luiz Pedro Bier, ressaltou a importância do trabalho de pesquisa realizado, pois algumas variedades de híbridos estão sendo desenvolvidas melhores nesse período de seca.

"A gente vem observando as lavouras na estrada e a situação é crítica. Ao chegar no Ctecno Parecis, conseguimos ver que existem variedades que estão tolerando muito melhor a seca e outras que não estão resistindo tanto à falta de chuva", observou Bier.

Outro destaque foi a armadilha de cigarrinha-do-milho instalada no Ctecno Parecis. Diariamente, os insetos grudam em uma placa adesiva e a estação capta três imagens por dia, que geram dados para um sistema. Ao final da safra, será feito um levantamento do período com mais incidência das pragas.

Para o agrônomo Elói Fernandez Simão, de Campo Novo do Parecis, esse tipo de levantamento vem ao encontro com uma dificuldade já existente nas lavouras de Mato Grosso.

 "A cigarrinha-do-milho, desde o ano passado, é uma praga que vem nos desafiando no campo. Com essa iniciativa do Ctecno Parecis, podemos ter um controle melhor no futuro desses enfezamentos", declarou o agrônomo.

Atualmente a Aprosoja Mato Grosso conta com o Ctecno Parecis, em Campo Novo do Parecis (Região Oeste), e o Ctecno Araguaia, em Canarana (Região Leste).

Sobre a Ctecno

Com área total de 88 hectares, é considerado o maior centro de pesquisa independente do Brasil. A textura do solo local varia entre 7 e 35 por cento de argila, destinada às pesquisas que auxiliam o produtor rural com áreas nessas condições.
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