A variação acumulada do Produto Interno Bruto (PIB) de Mato Grosso de 2002 a 2019 foi a maior dentre os estados brasileiros, alcançando 130,4%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda de acordo com a publicação, o PIB de 2019 foi estimado em R$ 142,12 bilhões, enquanto, em 2018, o valor foi de R$ 137,44 bilhões.
Leia também:
Sicoob Credisul realiza ação para ofertar crédito consignado com taxas até 37% menores
A economia mato-grossense cresceu 4,1% entre 2018 e 2019. A Agropecuária, por exemplo, registrou crescimento de 11,5% em 2019, em relação ao ano anterior, e participação de 21,4% na economia estadual. A atividade de Agricultura, inclusive apoio à agricultura e a pós-colheita beneficiou-se de condições climáticas e de mercado que proporcionaram o bom desempenho da produção nos cultivos do algodão herbáceo em caroço, cana de açúcar, milho e soja.
Segundo a assessoria do IBGE, o destaque na agricultura foi ao cultivo do algodão herbáceo em caroço pelo significativo aumento da área plantada, influenciada pela expectativa de manutenção dos bons preços da safra anterior, além do cultivo do milho, cuja demanda apresentou-se firme e com bons preços, em função da entrada de novas usinas de etanol a base de milho e do aumento da capacidade das plantas industriais em funcionamento no período.
Na Pecuária, inclusive apoio à pecuária, cuja variação foi de 10,2%, o rebanho bovino aumentou o plantel e manteve o posto de maior efetivo do país. No entanto, houve diminuição do efetivo de aves e suínos para abate e o desempenho das criações sofreu pressões pelo aumento do custo das rações.
A Indústria de Mato Grosso, por sua vez, apresentou crescimento de 1,3% e participação de 16,3% na economia do Estado em 2019. A atividade de Indústrias de transformação apresentou queda de 1,1% em volume, apesar do desempenho positivo em volume dos segmentos da indústria de biocombustíveis e de produtos químicos vinculados à produção de defensivos agrícolas.
Em Eletricidade, gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação houve variação positiva em volume de 8,3%, que elevou sua participação na atividade industrial mato-grossense, e teve crescimento bastante influenciado pela geração de energia elétrica, que vem expandindo-se no estado ao longo dos últimos anos. A Construção não apresentou variação em volume em 2019, resultado que sucedeu a recuperação da atividade verificada em 2018, após três anos de variação negativa, entre 2015 e 2017. Os Serviços apresentaram variação positiva em volume, de 2%, e participação de 62,4%, em 2019.
As principais contribuições vieram de Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, com crescimento em volume de 2,6%, Alojamento e alimentação, com variação de 9,5%, Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados, que cresceu 3,2%, e Serviços domésticos, com variação de 8,1%.
Dados de 2018
Em relação a 2018, o PIB da economia foi estimado em R$ 137,44 bilhões no ano, enquanto em 2017 o valor foi de R$ 126,85 bilhões. Em termos de variação em volume, houve crescimento de 4,3% em 2018; a terceira maior variação do ano entre as 27 Unidades da Federação. Na análise de desempenho em volume ao longo da série 2002-2018, o Mato Grosso também se destacou, com a maior variação acumulada entre os entes federativos: 121,3%.
A Agropecuária registrou crescimento de 5,3% em 2018, em relação ao ano anterior, e participação de 20,9% na economia estadual. A produção agrícola avançou, devido aos bons resultados da soja e ao aumento significativo da produção de algodão em caroço, resultante da ampliação da área cultivada. O milho apresentou recuo de produção, se comparado ao recorde apresentado no ano anterior.
Em Pecuária, inclusive apoio à pecuária, a variação foi de 12,6%, expansão que se amparou no desempenho da criação de bovinos, suínos e aves. No segmento de criação de bovinos, o plantel do Estado do Mato Grosso prosseguiu com destaque no âmbito nacional e teve recuperação em 2018 vinculada ao aumento de efetivo e do abate.
A Indústria do Mato Grosso apresentou crescimento de 4,2% e participou com 15,8% no total da economia do estado em 2018. O acréscimo em volume de 4,1% de Indústrias de transformação foi um destaque, devido às atividades de fabricação de produtos alimentícios e de fabricação de álcool e biocombustíveis, com a expansão da produção do etanol proveniente do milho.
Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação teve variação em volume de 10%, com destaque para a contribuição da geração de energia elétrica em função da hidrelétrica de Teles Pires. Construção apresentou a primeira variação positiva em 0,9%, depois de três anos de resultados negativos; desempenho influenciado, sobretudo, pela construção de edifícios e pelas obras de infraestrutura.
Os Serviços encerraram o ano de 2018 com variação em volume de 4,0% e participação de 63,3%. As principais contribuições vieram de Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, com variação em volume de 5,0%, e Atividades profissionais, científicas e técnicas, administrativas e serviços complementares, que cresceu 12,5%. Destaque também para o crescimento de 6,2% de Transporte, armazenagem e correio, devido aos serviços de transporte de cargas nas modalidades rodoviário e ferroviário, utilizados para o escoamento da produção agrícola.