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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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Povo Bakairi

Comunidade indígena de artesãos inicia produção de algodão orgânico colorido com apoio da Empaer

Foto: Líder das artesãs Pakuera, Sergiane Taiuke com o técnico José Carlos Pinheiro da Silva

Comunidade indígena de artesãos inicia produção de algodão orgânico colorido com apoio da Empaer
A Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer/MT) dos municípios de Canarana e Nova Brasilândia firmaram parceria com mulheres indígenas do povo Bakairi com objetivo de fomentar a produção de sementes de algodão orgânico colorido. 

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De acordo com a Empaer, a iniciativa deve melhorar a qualidade dos artesanatos produzidos, que são conhecidos nacionalmente. As sementes são melhoradas, adaptadas ao clima e solo da região, mais produtivas, de porte baixo, mais resistente a pragas e doenças comparado com a cultivada atualmente. 

A iniciativa denominada de intercâmbio, segundo o agente técnico da Empaer de Nova Brasilândia, José Carlos Pinheiro da Silva, só foi possível devido à atuação direta dos dois escritórios em promover a parceria e a troca de conhecimento. 

“O algodão orgânico colorido cresce tipo árvore e na região é usado pelas indígenas na produção de peças como redes, tapetes e outros artesanatos. Como estávamos com dificuldade em desencaroçar fizemos a parceria com as indígenas e juntos vamos além de fomentar, oportunizamos a elas no ano que vem mais uma fonte de renda com o resultado da colheita”, destaca ele. 

Foram disponibilizadas às indígenas Bakairi da aldeia Pakuera, 12 sacos de plumas das variedades verde, vermelho rubi, marrom safira e marrom claro jade, com o compromisso de efetuar a retirada das plumas manualmente das sementes. 

Metade das sementes volta para Empaer de Canarana e as que ficarem na aldeia serão plantadas, cultivadas e posteriormente distribuídas para fomentar as atividades a todas as artesãs das demais aldeias indígenas Bakairi. 

Atualmente são 10 aldeias, sendo uma no município de Planalto da Serra, aldeia Sawâpa e nove na cidade de Paranatinga, sendo elas: Pakuera ou Central, Aturua, Painkum, Kaiahoalo, Cabeceira do azul, Aki Ety, Alto Ramalho, Lahodo, Kuiakware.

Os Bakairi são grandes artesãos de origem e tem no artesanato uma das suas importantes fontes de renda e sobrevivência, na pintura em tecidos, madeira e algodão, fabricação de redes, tapetes, entre outros. Eles cultivam a própria lavoura de algodão para a confecção do artesanato no sistema tradicional.
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