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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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REDUÇÃO DE CUSTOS

DNIT avalia que projetos de 3 ferrovias em MT devem avançar em 2021

Foto: Reprodução

DNIT avalia que projetos de 3 ferrovias em MT devem avançar em 2021
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) afirmou que os projetos de três ferrovias em Mato Grosso devem avançar em 2021. A Ferronorte, a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO) e a Ferrogrão serão executados por meio de uma política de concessões.
 
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O DNIT afirmou que Mato Grosso terá um grande desenvolvimento social e econômico com a construção de ferrovias, que se conectarão com as rodovias federais, auxiliando no escoamento das riquezas do estado.
 
Atualmente existem três possibilidades de construção de linhas férreas, que estão sendo pensadas estrategicamente pelo governo federal, por meio de uma política de concessões. De acordo com o órgão o impacto destes projetos será imediato na redução do custo logístico. Os projetos conduzidos pelo Ministério da Infraestrutura, sob o comando o ministro Tarcísio de Freitas, devem avançar em 2021
 
Ferronorte
 
Os trilhos da Ferronorte atualmente encontram-se em Rondonópolis. Operada pela concessionária Rumo, existe um projeto de investimentos na ordem de R$ 6 bilhões na extensão da ferrovia até Cuiabá e depois seguindo para o Norte do Estado. Ao todo, o projeto da empresa prevê a construção de três novos terminais para o transporte da produção agrícola e industrial. O avanço dos trilhos da Ferronorte está sendo possível graças à renovação antecipada da chamada Malha Paulista.
 
FICO
 
Mato Grosso também poderá ganhar outro projeto ferroviário: é a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO), que ligará Água Boa até Mara Rosa, em Goiás. O ramal vai conectar-se a Ferrovia Norte Sul, permitindo o escoamento da produção do Vale do Araguaia por Itaqui, no Maranhão, ou ainda, no futuro, pela Ferrovia de Integração Oeste-Leste, a FIOL, que chegará ao Porto de Ilhéus, na Bahia.
 
O projeto da FICO é tido como um dos mais sustentáveis do programa de concessões do Governo Federal. O projeto deve sair do papel em breve em razão de o Tribunal de Contas da União (TCU) ter renovado de forma antecipada a concessão das outorgas para a Vale, que fará investimentos cruzados, a partir da outorga da prorrogação antecipada do contrato da Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM). A construção da ferrovia foi uma das contrapartidas para a renovação.
 
Ferrogrão
 
Existe ainda em Mato Grosso o projeto da Ferrogrão, que ligará Sinop até os portos do Arco Norte da Logística, em Miritituba, onde se conectará ao modal hidroviário até Santarém (PA). Ela deve ter uma capacidade para transportar cerca de 58 milhões de toneladas. Além da economia que os produtores teriam com o transporte, a ferrovia facilitaria a logística do escoamento dos grãos e provocaria menos danos às rodovias.

Críticas de Jayme

O senador Jayme Campos fez duras criticas ao ministro de Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas, no último mês de dezembro, afirmando que ele está dando prioridade à Ferrogrão em relação à Ferronorte. 

A declaração foi feita durante sessão que discutia o marco para o Transporte Ferroviário no país. A pedido do próprio Jayme, a apreciação da matéria foi adiada. O senador declarou que o início do trâmite pode colocar em risco a conclusão de ferrovias paradas como a Ferronorte.

“Quando se fala de interesse de governo, não é verdade. Tendo em vista que nós temos aqui o prosseguimento da Ferronorte, que demanda Rondonópolis, passando por Cuiabá e indo até Lucas do Rio Verde. E o governo não tem manifestado nenhuma boa vontade até agora. Quer priorizar a Ferrogrão, que liga Sinop a Miritituba”, disse o senador.
 
“Como o governo estabelece como prioridade essa questão da ferrovia? Eu acho que o ministro Tarcísio, com todo respeito tem que ter mais humildade e mais respeito com aqueles que fato produzem, como é o caso de Mato Grosso”, afirmou.

Em defesa de Jayme, o ex-governador Júlio Campos (DEM) afirmou que uma priorização da Ferrogrão traria benefícios apenas para empresários do setor da soja, como os primos Blairo e Erai Maggi, e cobrou um posicionamento do senador Carlos Fávaro (PSD), assim como do governador Mauro Mendes (DEM) sobre o assunto.
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