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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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​NOVA JANELA

ALMT e entidades nacionais anunciam apoio a pesquisa científica sobre produção de semente de soja

Foto: Reprodução

ALMT e entidades nacionais anunciam apoio a pesquisa científica sobre produção de semente de soja
A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Sociedade Rural Brasileira (SRB) e mais de 30 Sindicatos Rurais de produtores, declararam apoio à pesquisa científica realizada pela Fundação Rio Verde e Instituto Agris com objetivo de abrir uma nova janela para produção de semente de soja, em Mato Grosso, com maior sustentabilidade ambiental e econômica. O estudo é capitaneado pela Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja) com aval de seus mais de 6 mil associados.

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A Mesa Diretora e a Comissão de Agropecuária, Desenvolvimento Florestal e Agrário e de Regularização Fundiária da Assembleia Legislativa do Estado (ALMT), requereu ao Tribunal de Justiça do Estado seus ingressos na condição de Amicus Curiae nos recursos de Agravo de Instrumento interpostos pela Aprosoja contra decisão do Juízo da Vara Especializada de Meio Ambiente da Capital que, em Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público Estadual, determinou a destruição imediata de lavouras de soja, destinadas à pesquisa científica a campo.

Em sua petição, além de requerer que os recursos da Aprosoja sejam julgados procedentes, para o fim de ser mantido o estudo científico perante os campos experimentais de soja com plantio realizado em fevereiro, a Mesa Diretora da ALMT e a Comissão destacaram que “a presente questão, de suma importância para o Estado de Mato de Grosso, envolve o estudo de novas técnicas no plantio da soja, em campos experimentais, fora do calendário ordinário, visando uma produção mais sustentável com menor uso de defensivos por parte da Aprosoja e seus produtores associados, em eventual contraponto coma legislação ambiental e as normativas dos órgãos federais e estaduais que regem a matéria”.

Em nota pública, a Aprosoja Brasil lembrou que a ferrugem asiática é uma doença complexa e que exige estudos anuais voltados ao melhor manejo e diminuição do uso de fungicidas no país. E que proibir a iniciativa sem mesmo obter, analisar e entender os resultados para os produtores de soja, configura impedimento ao conhecimento e à ciência, e prejudica o futuro da agricultura brasileira. “Acreditamos que o poder público por meio do judiciário e executivo não permitirão que esse cerceamento se confirme”, diz trecho da nota.

Abramilho afirmou em carta aberta que apoia qualquer realização de pesquisas científicas que tragam benefícios ao produtor de soja Brasileiro, principalmente na melhor forma de enfrentamento da ferrugem asiática no país.  

“A referida pesquisa pode trazer resultados importantes sobre o comportamento do fungo e a viabilidade de controle de ferrugem com manejo por meio de aplicação mínima de fungicidas, o que tem sido a prática da pesquisa”, disse a entidade.

Tanto Aprosoja Brasil quanto Abramilho disseram acreditar que a pesquisa científica trará informações importantes e relevantes para revisão do Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática, junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Na mesma linha, a Sociedade Rural Brasileira (SRB), entidade que congrega os proprietários e produtores rurais do Brasil há mais de um século, em carta, manifestou apoio aos sojicultores de Mato Grosso que desenvolvem pesquisas científicas, “sobretudo, aquelas pautadas pelo rigor técnico e que levam ao conhecimento, às novas descobertas e ao desenvolvimento da atividade agropecuária nacional. Assim, a SRB, considerada um amplo espaço de debates para a valorização, a eficiência e competitividade do agronegócio brasileiro, soma-se a todos que incentivam formas de produção de conhecimento, a base de toda inovação que impacta a sociedade e o desenvolvimento do setor e da nação brasileira”, diz trecho da carta.

Sindicatos Rurais dos principais polos produtores de soja do Estado assinaram declaração em apoio à realização da pesquisa. Presidente da Aprosoja Mato Grosso, Antonio Galvan, reforça a importância do apoio recebido de outras entidades e lembra que pesquisa científica para melhor data de plantio de soja para produção de semente é demanda de 80% dos mais de 6 mil associados, conforme pesquisa realizada pela entidade.

“Agradecemos a Mesa Diretora e a Comissão de Agropecuária da Assembleia Legislativa, as diretorias da Abramilho, da Aprosoja Brasil, da SRB e os Sindicatos Rurais, que juntamente com a Aprosoja acreditam na ciência e na busca da verdade. O principal interessado na continuidade desta pesquisa é o produtor, que nos demandou para que essa pesquisa acontecesse. Lamento que as demais entidades não tenham se interessado pela pesquisa, mesmo sendo convidado desde o início do processo”, afirmou Galvan.

Pesquisa

Além de respeitar totalmente o Vazio Sanitário, os resultados da pesquisa conduzida a campo pela Fundação Rio Verde e Instituto Agris, exatamente nos moldes que o produtor faz na prática, já apresenta bons resultados antes mesmo de ser finalizada, conforme relatório preliminar divulgado pelas instituições. E mostram a redução do número de aplicações de fungicidas para menos da metade nas áreas de pesquisa de fevereiro se comparadas com as de final de dezembro.
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