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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Desemprego cresce 2,2% em Mato Grosso em 2019; cerca de 165 mil procuram trabalho

Foto: Rogério Florentino/ Olhar Direto

Desemprego cresce 2,2% em Mato Grosso em 2019; cerca de 165 mil procuram trabalho
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (16) os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio Contínua (PNAD Contínuo) do primeiro trimestre deste ano. A pesquisa traz informações regionais sobre o mercado de trabalho e revela que atualmente 13,387 milhões de pessoas estão desempregadas no país. Em Mato Grosso existem 165 mil pessoas sem emprego. Mulheres e negros são a minoria no mercado de trabalho.

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A PNAD Continua é uma pesquisa que é feita por amostra de domicilio. Dos 141 municípios existentes em Mato Grosso, 93 foram analisados, sendo 314 setores no perímetro urbano e 93 rurais. Foram entrevistadas 5.537 pessoas no primeiro trimestre do ano, cerca de 1.846 entrevistas por mês.

Pela metodologia do IBGE, o índice é comparado com os dados do trimestre anterior e com o mesmo período do ano anterior. A pesquisa revela que no primeiro trimestre de 2019 a desocupação em Mato Grosso é de 9.1%, o equivalente à 165 mil pessoas, um aumento de 2.2% se comparado ao último trimestre de 2018, onde 123 mil pessoas se enquadravam no perfil de desempregados. Já em comparação com o mesmo período em 2018, houve uma queda de 0.2% onde foram registradas cerca de 168 mil pessoas sem emprego.

A avaliação do IBGE é uma forma de retratar a sociedade de uma forma geral não só com dados sobre o trabalho formal com carteira assinada, mas também produz informações sobre trabalhos informais, trabalho infantil, migração, habitação, entre outros. As informações são divulgadas mensal e anualmente.

De acordo com o analista do IBGE, Márcio Henrique de Freitas Cavichiolli, a pesquisa é importante principalmente para a construção de políticas públicas voltadas para essa parte da população. “É importante porque a gente avalia de uma forma que ajuda a retratar a sociedade de uma forma em geral e isso é importante porque dá subsídios para que as administrações públicas, tanto a federal quanto estadual e municipal, possam de posse desses dados, formular políticas públicas levando em consideração as reais necessidades da população e a partir daí formular políticas públicas para que melhorem a qualidade de vida de todos nós”, afirma.

Essas pesquisas também são importantes para ajudar em pesquisas de desenvolvimento das universidades e também para que a imprensa possa verificar como estão os dados para poder cobrar das pessoas responsáveis se as políticas públicas estão levando em consideração esses contratos que são feitos.

O analista explica que são três fatores que levam uma pessoa a se enquadrar como desocupada. “A pessoa desocupada, ou como se diz popularmente desempregada, ela tem que se enquadrar em algumas características. Primeiro: A pessoa tem que estar em idade para trabalhar que no Brasil é a partir dos 14 anos. Segundo: Essa pessoa tem que estar procurando emprego, ou seja, tomando alguma medida efetiva para entrar no mercado de trabalho e por fim, tem que estar disponível na época da pesquisa, esses são os três fatores que levam uma pessoa a ser registrada como desocupada”, diz.

“O que algumas pessoas questionam é sobra aquelas pessoas que estão sem trabalhar, mas que não estão buscando emprego, sem efetivamente tentar uma vaga no mercado de trabalho. Essa pessoa não se encaixa no perfil de desocupado, pode ser uma pessoa que esteja se dedicando aos estudos por exemplo. Essa pessoa não está disponível nem se surgir uma vaga de trabalho no seu perfil. Então ela fez a opção de não procurar trabalho, por isso ela não entra na situação de desocupada”, afirma.
 
Mulheres são a minoria no mercado de trabalho

Os dados do 1º trimestre mostram que embora a maioria da população em idade para trabalhar seja do público feminino, o número de pessoas ocupadas ainda predomina o público masculino. No Brasil são 56,3% dos homens trabalhando com carteira assinada em todas as regiões.

A taxa de desocupação no Brasil, no 1º trimestre de 2019, foi de 12,7%, mas com diferenças significativas entre homens (10,9%) e mulheres (14,9%). Este comportamento foi observado nas cinco grandes regiões. As mulheres também se mantiveram como a maior parte da população fora da força de trabalho, tanto no país (64,6%) tanto em todas as regiões.

Taxa de desocupação para negros e pardos é maior que a taxa nacional

O contingente dos desocupados no Brasil no 1º trimestre de 2012 era de 7,6 milhões de pessoas, quando os pardos representavam 48,9% dessa população, seguidos dos brancos (40,2%) e dos negros (10,2%). No 1º trimestre de 2019, esse contingente subiu para 13,4 milhões de pessoas e a participação dos pardos passou a ser de 51,2%; a dos brancos reduziu para 35,2% e dos negros subiu para 12,7%.

A taxa de desocupação, no 1º trimestre de 2019, dos que se declararam brancos (10,2%) ficou abaixo da média nacional (12,7%). Porém, a dos pretos (16,0%) e a dos pardos (14,5%) ficaram acima. No 1º trimestre de 2012, quando a taxa média foi estimada em 7,9%, a dos negros correspondia a 9,6%; a dos pardos a 9,1% e a dos brancos era 6,6%.

No 1º trimestre de 2019, os pardos representavam 47,9% da população fora da força de trabalho, seguidos pelos brancos (42,2%) e pelos negros (8,9%).
 
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