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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Transportador de grãos se posiciona contra intervenção militar e diz que segmento está satisfeito

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Transportador de grãos se posiciona contra intervenção militar e diz que segmento está satisfeito
O representante do Movimento dos Transportadores de Grãos de Mato Grosso, Gilson Baitaca, que é uma das vozes ativas do grupo responsável pela paralisação que atingiu todo o país nos últimos dias, afirmou que todas as exigências feitas foram atendidas pelo presidente Michel Temer. Além disto, disse que o movimento é contra intervenção militar e que parte dos caminhoneiros continua com o ato na tentativa de destituir o peemedebista do poder.

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“Existe uma ala de caminhoneiros autônomos, intervencionistas, que estão querendo inflamar, no sentido de derrubar o governo. Nós entendemos que a eleição está logo ai e cada um poderá escolher o seu candidato. Não entendemos que intervenção militar irá melhorar a situação do nosso país”, comentou Baitaca em entrevista ao Olhar Agro & Negócios.
 
Baitaca ainda garantiu que todas as exigências foram atendidas pelo governo e, por isso, a greve está encerrada. “Esperamos que todas as conquistas sejam colocadas em prática para que o setor possa reagir o mais rápido possível. Já recebemos muitos ‘nãos’ e essa conquista é histórica”.
 
“Sobre os caminhoneiros que continuam com a paralisação, não podemos dizer nada. Nossa demanda foi atendida. Eles estão querendo continuar o movimento para conseguir outras pautas. É uma ala que se aproveitou do movimento para fazer estes pedidos”, explicou o representante.
 
Baitaca ainda acrescentou que “tem uma questão do movimento ainda permanecer mobilizado. Isso está fora da nossa responsabilidade. Não tenho comando disto. Eles estão reivindicando algo para a sociedade, mas não dizem nada. Alguns intervencionistas se aproveitaram da situação”.
 
No domingo, Temer anunciou novas medidas em mais uma tentativa de por fim à paralisação dos caminhoneiros. Entre elas está a redução de R$ 0,46 no preço do litro do diesel por 60 dias, e a isenção de pagamento de pedágio para eixos suspensos de caminhões vazios. Durante o pronunciamento, foram registrados panelaços em vários Estados.
 
Esta redução de R$ 0,46 no preço do diesel custará ao governo R$ 10 bilhões. Conforme o Palácio do Planalto, os recursos serão cobertos pelo Tesouro via crédito extraordinário.
 
A mobilização foi proposta pela Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) e iniciou na manhã da última segunda-feira (21). Em razão dos pesados impostos e do baixo valor dos fretes, a categoria afirma que enfrenta uma grave crise e articula ações em todo o país para evidenciar o descontentamento com a atual política econômica. A PRF mantêm o diálogo com os caminhoneiros.
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