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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Mercado em expansão

Engenheiro tira principais dúvidas sobre energia fotovoltaica e redução de fatura

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Engenheiro tira principais dúvidas sobre energia fotovoltaica e redução de fatura
Em franca expansão, o mercado das usinas fotovoltaicas seduz os consumidores com sua proposta de geração de energia limpa e renovável, aliada a possibilidade de praticamente zerar a fatura de luz. O crescimento de 300% do setor nos últimos anos comprova a popularização desta alternativa pelo país. Embora se apresente como uma proposta de fácil compreensão, a geração da própria energia ainda traz muitas dúvidas para a maioria das pessoas.  

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De maneira resumida, o painel solar reage com a luz do sol e produz energia elétrica (energia fotovoltaica). Um inversor converte então esta energia (Corrente Continua - CC). Na sequencia, a energia que sai do inversor solar vai para o seu "quadro de luz" e é distribuída para sua casa ou empresa, reduzindo assim a quantidade de energia comprada da distribuidora, a Energisa, no caso de Mato Grosso.



Para deixar ainda mais claro o funcionamento do sistema, conversamos com o engenheiro eletricista Fábio Wolf, da Flowlight, e reunimos sete respostas para as dúvidas mais frequentes entre os que pretendem adquirir uma usina fotovoltaica ou apenas se interessam pelo setor. Confira:

1 – Não é a mesma coisa que placa de aquecimento

Ainda há muita confusão entre os dois sistemas, instalados normalmente nos telhados das residências. As semelhanças entre eles, contudo, acabam aí. Enquanto as placas fotovoltaicas captam radiação solar e a transformam em energia elétrica, as de aquecimento apresentam função bem mais simples, servindo apenas para aquecer a água enviada aos chuveiros da casa. Justamente por apresentar esta finalidade restrita, o aparelho é mais barato.

2 – Como escolher o equipamento?

Há pelo menos um ano é possível comprar placas fotovoltaicas aqui no Brasil. Além de uma indústria multinacional, outras duas nacionais já oferecem o produto. Embora a Flowlight indique suas marcas de confiança, o contrato pode ser fechado com o fornecedor de preferência dos clientes. O mesmo vale para o medidor bidirecional, inversores e proteções de corrente para a usina.

3 – Manutenção e garantia

Enquanto as placas tem duração entre 10 e 12 anos, os inversores podem estender sua vida útil de 7 a 15 anos. Durante este período é necessária uma manutenção semestral, para a limpeza de todo o aparato. No caso da Flowlight, a primeira destas visitas já está inclusa no valor do contrato e, para as próximas, é cobrada uma taxa anual de 3% do valor total do investimento.

4 - Dá pra vender a energia gerada?

Quando se diz que o excedente de energia gerado pela usina é injetado na rede da concessionária não significa que é possível “retirar” este saldo em dinheiro. Esta quantidade é transformada em créditos válidos por 60 meses que são trocados com a empresa. Ao longo dos meses então, é feita a compensação das quantias. “Se em janeiro você consumiu 1000 kwh/mês, e em fevereiro 800, haverá um retorno de 200 kwh/mês”, diz Fábio.

5 – Quem pode ter?

Atualmente os maiores clientes das empresas do setor são consumidores de energia do grupo B, formado por casas e pela maioria dos comércios. Assim, o investimento apresenta vantagens tanto para edificações maiores quanto para menores. “O que pode acontecer é não haver telhado suficiente para a instalação das placas. Ainda assim a usina é vantajosa, porque mesmo não zerando o consumo, haverá uma grande redução. Além disso, as placas vêm melhorando muito sua eficácia.”

6 – Adesão à usina solar é cara?

“Esta relação da usina fotovoltaica com preço alto é ilusória. O que é custa caro é a energia”, assegura o engenheiro. Logo, em um período médio de três anos e meio, o investimento já apresenta retorno. Isso porque ao longo deste tempo os gastos com a fatura foram quase zerados. Além do mais, há a possibilidade de financiar o valor em até 60 vezes por meio de linhas de crédito como o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO). Nestas ocasiões, contudo, é preciso atentar aos juros que incidem sobre o empréstimo, fazendo com o que tempo de retorno seja ampliado.

7 – Qual é o primeiro passo?       
    
Tiradas as dúvidas, se você se interessa por contratar o serviço o primeiro passo é entrar em contato com a empresa e enviar uma fatura com a média anual de consumo, para que os engenheiros possam dimensionar o tamanho da usina. Depois, uma equipe vai conferir o endereço e checar a inclinação do telhado. “O ideal é que o telhado esteja voltado para o norte e possua inclinação de 15 graus. Mas mesmo se não tiver, é possível fazer a instalação.” Resolvidas as questões técnicas, é assinado um contrato e a usina passará a funcionar em um prazo de 60 dias, contando o período de regulamentação e instalação.
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