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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Balança comercial

MT tem saldo recorde de U$ 13 bi em exportações e é 3º no país; valor deve cair em 2018

Foto: Reprodução/Secs PR

Exportação de soja pelo Porto de Paranaguá, no Paraná.

Exportação de soja pelo Porto de Paranaguá, no Paraná.

Com saldo de exportações de US$ 13,32 bilhões sobre as importações, Mato Grosso encerrou 2017 com o melhor resultado na balança comercial de sua história e alcançou a terceira colocação no ranking nacional. Embora tenha sido registrada alta nas importações, principalmente com insumos para as atividades agrícolas, a ampla oferta na safra 2016/17 e a demanda internacional consistente contribuíram para o aumento de 17,0% nas exportações do Estado.

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Para 2018, contudo, a menor safra agrícola e a retomada da demanda doméstica impactando no aumento das importações poderão ser determinantes para um resultado na balança comercial inferior. Os dados são da Secretaria de Controle Externo (Secex) e foram divulgados na sexta-feira (19) pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA).

De acordo com o órgão, a balança comercial brasileira também seguiu essa tendência positiva, com superávit de US$ 66,85 bilhões, devido às condições favoráveis para as exportações e a diminuição das importações de bens de capital e intermediários em virtude da queda de investimentos nos últimos anos. Mesmo com o rebaixamento da nota de crédito do Brasil, o dólar teve uma leve queda de 0,3% na última semana, encerrando a sexta-feira em R$ 3,38/US$, de acordo com o Relatório Focus.

Os levantamentos apontam ainda que os empregos formais e os empregos ligados ao agronegócio em Mato Grosso apresentaram queda de 0,7% e 1,5%, respectivamente. Isso se deve às maiores demissões ocorridas no setor, já aguardadas para o mês de novembro/17.

O índice da carne de aves registrou a maior elevação em dezembro/17 se comparado aos demais índices do varejo, fechando com avanço de 2,4%. A cesta básica em dezembro/17 obteve uma alta de 1,3% no comparativo com o mês anterior. A carne bovina foi o produto de maior impacto na cesta.

Recuo disseminado

Na última semana o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o resultado consolidado da inflação para 2017. No acumulado do ano, a inflação registrada foi de 2,95%, permanecendo abaixo do piso estabelecido pelo Banco Central de 3,0%. Esta baixa generalizada ocorreu principalmente devido à queda nos preços dos alimentos, pautada pelas condições climáticas favoráveis e, consequentemente, a expansão na oferta.

Assim, segundo boletim do Imea, quando avaliados os subgrupos que compõem o índice de inflação, nota-se que o grupo de cerais, leguminosas e oleaginosas foi o principal item da cesta de produtos e serviços que obteve o maior recuo, de aproximadamente 25%.

Para este ano, as estimativas demonstram que a inflação poderá convergir para mais próxima da meta estabelecida (4,5%), podendo ser levemente pressionada pelo aumento dos preços dos alimentos e o aquecimento da demanda doméstica. Apesar disso, o “aperto” nos limites da meta e as políticas monetárias que vêm sendo aplicadas são pontos favoráveis para uma inflação mais controlada.
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