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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Condomínios horizontais movimentaram R$ 5 bi em MT; oferta de imóveis está abaixo da demanda

Foto: Reprodução/Ginco

Condomínios horizontais movimentaram R$ 5 bi em MT; oferta de imóveis está abaixo da demanda
Mesmo diante de problemas enfrentados por pequenas construtoras, a febre dos condomínios horizontais tem sustentado os números da construção Civil em Mato Grosso. Somando-se os lotes em condomínios horizontais lançados nos últimos 15 anos, somente em Cuiabá, estima-se a geração de R$ 5 bilhões em negócios.A oferta de novos imóveis para este tipo de empreendimento, no entanto, está muito abaixo da demanda. 

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Os dados são do último Censo Imobiliário realizado pelo Sindicato das Indústrias da Construção do Estado de Mato Grosso (Sinduscon-MT), que mostra  que os imóveis  nestas propriedades apresentam uma disponibilidade de 200 unidades na Grande Cuiabá, número correspondente a 6,6%.

A pesquisa aponta que na Grande Cuiabá o estoque de lotes em condomínios fechados está muito abaixo da média considerada satisfatória pelo mercado. Terrenos em condomínio aparecem com 325 unidades disponíveis (6,9%) e lotes com 78 unidades (5%). O Sindicato considera os números extremamente baixos, já que para a indústria da construção o estoque de vendas deve girar em torno de 30%.

Os dados positivos são retomados com as contratações no mês de setembro no Estado, segundo levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na última semana pelo Ministério do Trabalho (MTb). No período Mato Grosso teve 28.521 contratações no mês passado e 27.492 demissões. Nesses números, o saldo de novas contratações foi de 1.029, das quais 705 destinaram-se à construção civil.

“A performance de Cuiabá e Várzea Grande destoa, positivamente, de outras cidades do mesmo porte no país. O que percebemos é que há uma tendência de intensificação no mercado do horizontal. O mercado mostra que praticamente não tem estoque no residencial horizontal”, diz o presidente da Comissão da Indústria Imobiliária do Sinduscon-MT, Paulo Bresser.

O alto desempenho em vendas dos condomínios horizontais, estabelecidos na Capital há mais de uma década, mantém aquecida toda a rede da construção civil. A partir deste divisor de águas, o padrão dos empreendimentos fez com que as empresas de material de construção buscassem o novo e melhorassem o portfólio de produtos de acabamento, criou centenas de novos empregos, gerou impostos e movimentou o mercado de arquitetura.

Para o diretor da Ginco Urbanismo, incorporadora cuiabana, Júlio Cesar de Almeida Braz, os investimentos beneficiaram especialmente as lojas de material de construção. “Quando um prédio é erguido, as construtoras adquirem o material diretamente dos grandes centros produtores. Já para construir nos horizontais, o proprietário faz suas compras no comércio local”, explica.

O presidente do Sindicato da Habitação de Mato Grosso (Sicovi-MT), Marco Pessoz, afirma que só nos últimos cinco anos, foram aproximadamente 4.700 novos lotes ofertados, somente em condomínios fechados em Cuiabá e Várzea Grande. São quase cinco mil construções.
 
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