Trinta e duas mil mudas de café clonas foram recebidas por cerca de 30 produtores da agricultura familiar de Nova Bandeirantes. A cultura é considerada hoje a segunda econômica do município, localizado a 1.026 quilômetros de Cuiabá. Segundo a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), a colheita do café começa em maio.
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Nova Bandeirantes é um dos municípios que faz parte da “Rota do Café”, com alta produção de grãos e potencial de crescimento da atividade. O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar e Assuntos Fundiários (Seaf-MT) e a Empaer, com apoio das prefeituras, através do programa Pró-Café, está implantando em Mato Grosso a produção de café clonal, uma técnica desenvolvida pela Embrapa de Rondônia.
A Empaer explica que a técnica consiste na reprodução da planta de café, conservando todas as características produtivas, como resistência ou tolerância ao ataque de pragas e doenças, o que facilita a formação de lavouras homogêneas de alta produtividade.
A perspectiva, de acordo com a Empaer, é atender 50 produtores de Nova Bandeirantes, contudo neste primeiro momento apenas 30 produtores já estão com as mudas e iniciando os tratos culturais como adubação e práticas de cultivo.
“Caracterizamos a cafeicultura como uma prática de proteção ambiental, nosso município situa-se na zona onde é verificado um intenso processo de incorporação de novas terras na estrutura fundiária conhecida como ‘arco do desmatamento’. A inserção desse trabalho visa à proteção ambiental e cumprir normas ambientais relativas à preservação e recuperação de áreas para a cultura do café”, pontua o engenheiro agrônomo da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Thiago Tombini.
Conforme levantamento do engenheiro agrônomo da Empaer, levantamento realizado em 2015 apontava uma produtividade média de oito sacas por hectare em 2015 e com a melhora nos tratos culturais foi ampliada para 12 sacas por hectare. As projeções, com o apoio do Pró-Café, é renovar o parque cafeeiro de Nova Bandeirantes em 10% ao ano e incrementar a produtividade média de 12 para 20 sacas por hectare.