Olhar Agro & Negócios

Quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Notícias | Pecuária

Suplementação no período de seca é estratégia para manter a produtividade na pecuária

O período da seca, entre os meses de maio e outubro, compromete a qualidade do pasto e consequentemente prejudica a nutrição do gado. A qualidade mais baixa da pastagem, que seca nesta época em várias regiões do Brasil, faz com que o animal diminua o consumo em até 30%. Essa redução se deve à menor disponibilidade de nitrogênio no alimento, como explica o consultor técnico Guilherme Silveira. “As bactérias que ficam no rúmen e ajudam na digestão precisam de nitrogênio e carboidrato para sobreviver. Por isso a diminuição na oferta desse elemento compromete a alimentação”, afirma. Entre as alternativas para manter a produtividade neste período está a utilização de suplementação a pasto.


“Normalmente, a suplementação é feita com nitrogênio protegido, ureia pecuária e aditivos promotores de crescimento, que fazem com que as bactérias se desenvolvam dentro do rúmen, melhorando a digestão. Com isso, o gado aproveita 100% do alimento ingerido”, ressalta Silveira. Com a introdução da suplementação na dieta, diminuem as chances de o animal perder peso durante o período de seca e sofrer com o conhecido efeito sanfona na pecuária – quando ele ganha peso no período de águas e perde na seca. Mantendo a dieta regulada, o produtor não terá problemas em esperar mais tempo para o abate.

O produtor e médico veterinário, Renan Antonelli, faz a suplementação a pasto há mais de um ano e nota a diferença. Entre as soluções utilizadas por ele está o Optigen, desenvolvido pela Alltech e fonte de nitrogênio não-proteico de liberação lenta, que acelera a ação dos microrganismos do rúmen, facilitando a digestão. “Além do aumento de peso, tivemos uma melhora considerável nos índices reprodutivos e no aspecto geral do animal. Com a suplementação a pasto, tanto no período de seca como no período de águas, o ganho de peso dos animas passou de 540g para 750g. Já a prenhez de vacas primíparas, por exemplo, passou de 76% para 91,5%”, afirma.

Confinamento
Segundo Silveira, no caso de animais em confinamento, a dieta é formulada a base de concentrados e volumosos, além da adição de um núcleo mineral com aditivos. “O núcleo mineral que utilizamos possui ureia protegida (Optigen), ureia pecuária e aditivos promotores de crescimento, como as leveduras vivas, que são soluções que melhoram a flora ruminal e o aproveitamento do alimento, proporcionando melhor eficiência e rentabilidade no confinamento”, finaliza.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
Sitevip Internet