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Terça-feira, 03 de dezembro de 2024

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Sete maiores produtores

União e enfrentamento de problemas é foco principal da Aliança Internacional da Carne; veja fotos

Foto: Viviane Petroli/Agro Olhar

União e enfrentamento de problemas é foco principal da Aliança Internacional da Carne; veja fotos
União de interesses, enfrentamento de problemas, como relações internacionais. É assim que Sam Mclvov, CEO da Beef + Lamb New Zealand (Nova Zelândia) define a Aliança Internacional da Carne, que reúne os sete principais produtores de carne bovina, responsáveis por mais da metade da produção mundial de proteína vermelha e 63% das exportações globais de carne. Em Cuiabá, para mais uma reunião da Aliança, representantes de entidades puderam conhecer como funciona o sistema pecuário bovino de Mato Grosso.


A International Beef Alliance (IBA) é formada pelo Brasil, Canadá, México, Estados Unidos, Nova Zelândia, Austrália e Paraguai.

O encontro em Cuiabá ocorre nos dias 18 e 19 de julho e encerra-se em São Paulo no dia 20. Entre os assuntos a serem debatidos na reunião está à apresentação do ‘Panorama de defesa sanitária brasileiro’, que será apresentado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), além da análise global do mercado, de representações de fortalecimento da Aliança, entre outros.

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Uma visita técnica a uma propriedade em Santo Antônio do Leverger foi realizada na tarde de segunda-feira, 18 de julho. Na ocasião o grupo de representantes internacionais conheceram de perto a produção estadual no modelo de semiconfinamento a pasto, com uso proteinado, e a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF).

“Mato Grosso está há 20 anos livre da febre aftosa graças ao trabalho dos pecuaristas. Nosso objetivo, com a vinda deles para Mato Grosso e o Brasil, é mostrar a qualidade do nosso gado e carne. O Brasil tem se configurado como um grande player para a carne bovina”, comenta Francisco Manzi, superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat).

A Acrimat é a representante brasileira na Aliança Internacional da Carne, juntamente com a Associação dos Confinadores (Assocon). A Aliança é formada ainda pela Cattle Council of Australia and Meat & Livestock (Austrália), Canadian Cattlemen’s Association (Canadá), Confederación Nacional de Organizaciones Ganaderas (México), Beef + Lamb New Zealand (Nova Zelândia), Asociación Rural del Paraguay (Paraguai) e National Cattlemen’s Beef Association (Estados Unidos).

Entre os pontos da pecuária brasileira que chamaram a atenção dos representantes das entidades internacionais estão o fato de 90% da criação de gado ser à pasto (nos Estados Unidos, por exemplo, é 97% da criação em confinamento), além da diversidade de raças e o sistema de integração com a floresta.

De acordo com Sam Mclvov, da Nova Zelândia, Mato Grosso produz muito mais bovinos que seu país. O Agro Olhar acompanhou a visita dos representantes da Aliança Internacional da Carne na Estância Ana Sophia, em Santo Antônio do Leverger, e Mclvov comentou que enquanto em Mato Grosso são 29 milhões de cabeças de bovinos, em seu país são cerca de 4 milhões de gado de corte e 6 milhões de vacas leiteiras.

“As raças são diferentes das nossas. Não temos zebuínos. Porém, há semelhanças como o manejo. Para nós da Nova Zelândia é interessantes participar da Aliança, pois há união de interesses entre os países integrantes e enfrentamento de problemas juntos, como a questão de comércio internacional e questões ambientais, além de compartilhamento de informações de criação de animais e doenças e o entendimento dos benefícios nutricionais dos produtos”, comentou Sam Mclvov ao Agro Olhar.

Brasil e EUA

No início deste mês técnicos do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) seguiram para os Estados Unidos para viabilizar o acordo de compra e venda de carne bovina in natura desossada entre os dois países.

Conforme Kent Bacus, um dos representantes da National Cattlemen’s Beef Association (Estados Unidos), a abertura de mercado entre os dois países para a carne bovina é uma oportunidade. “A carne bovina dos dois países é diferente e há espaço para a competividade desde que a troca de experiência seja baseada na ciência e com pouca interferência governamental”. Bacus comentou ao Agro Olhar que vê muita similaridade entre a pecuária dos Estados Unidos e a brasileira: clima, raças e práticas de manejo.
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