Após tornar-se um dos assuntos mais comentados nas redes sociais, o feijão teve a sua importação determinada pelo presidente em exercício Michel Temer, após o preço do grão disparar nos supermercados nos últimos meses. A medida visa reduzir o valor do feijão. O produto deverá ser importado de países vizinhos do Mercosul: Argentina, Bolívia e Paraguai.

A determinação de liberação da importação do produto oriundo de países do Mercosul foi anunciada no final da manhã desta quarta-feira, 22 de junho, por Michel Temer.

As providências já estão sendo tomadas. Segundo o Planalto, Temer fez a requisição ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi.

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Em Cuiabá, como o Agro Olhar comentou recentemente, o pacote de um quilo de feijão carioca chega a ser encontrado a R$ 12,64, enquanto o feijão preto R$ 7,99. O aumento do preço é decorrente a quebra de safra, motivada pelas condições climáticas, que ocasionou a perda de praticamente todas as safra no Centro-Oeste.

O feijão, inclusive, em maio foi considerado um dos vilões da cesta básica em Cuiabá, juntamente com a batata. Em maio, o o feijão apresentou alta de 11,56% em maio no comparativo com abril, conforme levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Além dos países do Mercosul, de acordo com Blairo Maggi, está sendo estudada a possibilidade de trazer feijão oriundo do México, após a assinatura de um acordo sanitário, e da China.

Ainda segundo Maggi, outra medida que está sendo tomada é de negociar com grandes redes de supermercados para que as mesmas busquem o produto onde há uma maior oferta.

“Pessoalmente tenho me envolvido nas negociações com os cerealistas, com os grandes supermercados, para que eles possam fugir do tradicional que se faz no Brasil, e ir diretamente à fonte onde tem esse produto e trazer. E à medida que o produto vai chegando no Brasil, nós temos certeza que o preço cederá à medida em que o mercado for abastecido”, declarou Maggi, após a reunião com Temer.