A desconfiança do passado deu lugar à expectativa de dias melhores e a certeza de que pelo menos é possível ampliar o diálogo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), tendo à frente o ex-governador e senador licenciado Blairo Maggi (PP). Pela postura dos ambientalistas, a estigma de ‘motosserra de ouro’ foi superada e, hoje, Maggi é visto como um dos líderes na vanguarda da defesa pela produção com sustentabilidade.
No comparativo com a ex-ministra Kátia Abreu, sua antecessora, ele é visto como muito mais avançado e capaz de protagonizar o crescimento do diálogo com anos-luz de vantagem, em se tratando de avanços tecnológicos para “produção limpa”.
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É o que explica reportagem do
Portal Universo Online (UOL), o maior do Brasil, numa longa reportagem com o título "
Rei da soja" no governo é tido como avanço para agricultura sustentável. Desde 2005, porém, Blairo não mais detém a coroa, que hoje pertence ao seu primo, empresário Eraí Maggi Scheffer (PP),
rei da soja e presidente do Grupo Bom Futuro, um dos maiores da América do Sul.
Em 2005, durante inauguração da Escola Estadual Diva Hugueney, Maggi recebeu o prêmio denominado "Motosserra de Ouro", conferido pelo do Greenpeace, em decorrência do desmatamento provocado pela produção de soja, em Mato Grosso. Além de grande produtor, ele representa o setor nas arenas políticas.
No entanto, anos depois, os ambientalistas reconheceram que o novo ministro se aproximou de práticas agrícolas mais sustentáveis, com políticas de legalização fundiária e monitoramento por satélite de propriedades rurais no Mato Grosso, além de ter participado de compromisso de desmatamento zero. É evidente que o radicalismo da ex-ministra Kátia Abreu contribui decisivamente para imagem de “bom de conversa” dada a Blairo pelos dirigentes de organizações não governamentais (ONGs).
Blairo Maggi lidera a comitiva brasileira que foi para Xian, na China, onde participa da reunião de ministros de Agricultura do G20, para tratar de segurança alimentar, nutrição, desenvolvimento rural e inovação em relação à Agenda Sustentável para 2030, incluindo a erradicação da fome e da extrema pobreza.
Para os especialistas, Maggi tem condições de dar continuidade em programas da gestão anterior de suma importância para o agricultor sair de situação de degradação para a de maior tecnologia e eficiência. E financia iniciativas agrícolas sustentáveis, e o plano diretor de desenvolvimento do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), que organiza o avanço da agropecuária no cerrado, são exemplos de políticas que devem ser mantidas e aperfeiçoadas.
Leia aqui a reportagem completa do UOL: