A valorização de preço das commodities proporcionou para Mato Grosso um crescimento de 1,05% na renda da porteira para dentro em 2015, enquanto em São Paulo verificou-se retração de 3,84%. Na agricultura que se via decréscimos ao longo do ano passado, o resultado foi de um aumento de 1,35%. Mato Grosso supera São Paulo pela primeira vez.
O ano de 2015 encerrou com um Valor Bruto da Produção (VBP) de R$ 66,955 bilhões, contra R$ 66,258 bilhões constatados em 2014. O resultado final mostra pela primeira vez Mato Grosso superando a renda da porteira para dentro de São Paulo, que apresentou recuo de R$ 68,955 bilhões para R$ 66,301 bilhões.
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Os dados são da Coordenação-geral de Estudos e Análises da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O Valor Bruto da Produção corresponde ao faturamento bruto dentro das propriedades. O cálculo é realizado com base na produção da safra agrícola e da pecuária e nos preços recebidos pelos produtores brasileiros, o valor real da produção, descontada a inflação, é obtido pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Deste resultado obtido por Mato Grosso, R$ 51,396 bilhões referem-se à agricultura, enquanto R$ 15,559 bilhões a pecuária. Os números superam os R$ 50,711 bilhões da agricultura em 2014 e os R$ 15,546 bilhões da pecuária.
A soja que ao longo de 2015 apresentava resultados "negativos" no VBP fechou 2015 com R$ 27,893 bilhões, levemente superior aos R$ 27,844 bilhões de 2014. A safra "recorde" e, principalmente, os preços na reta final do ano favoreceram o resultado. A saca da soja ficou cotada em média R$ 65,22 no estado em dezembro, superior aos R$ 56,53 de 2014.
O milho saltou de R$ 8,886 bilhões para R$ 10,408 bilhões o Valor Bruto da Produção. Os preços foram cruciais nesta cultura, uma vez que ao contrário dos anos anteriores o preço médio manteve-se acima do preço mínimo de R$ 13,56. Em 2015 a saca de milho encerrou cotada em média a R$ 19,22, contra R$ 16,38 em 2014.
Já o algodão apresentou leve decréscimo de R$ 11,006 bilhões para R$ 10,242 bilhões, bem como a cana-de-açúcar de R$ 1,58 bilhão para R$ 1,338 bilhão. O arroz também apresentou retração de um ano para o outro de R$ 460,7 milhões para R$ 442,1 milhões. Já o feijão saltou de R$ 795,9 milhões para R$ 878,7 milhões.
Pecuária
A bovinocultura e a produção de aves seguraram a renda da porteira para dentro na pecuária. A bovinocultura registrou alta de R$ 11,207 bilhões para R$ 11,274 bilhões, enquanto na produção de frangos de R$ 2,126 bilhões para R$ 2,208 bilhões.
Em contrapartida, a suinocultura caiu de R$ 745,3 milhões para R$ 737,09 milhões. Na cadeia da pecuária de leite o decréscimo foi de R$ 764,07 milhões para R$ 648,58 milhões.