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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Após ‘puxão de orelha’ Mato Grosso inicia investigação quanto aumento de 40% no desmatamento

Foto: Agência Brasil/Arquivo

Após ‘puxão de orelha’ Mato Grosso inicia investigação quanto aumento de 40% no desmatamento
O Governo de Mato Grosso irá investigar as causas do desmatamento apontado pelo Ministério do Meio Ambiente na última semana. Estado ainda contesta hipótese levantada pela ministra Isabella Teixeira de que a elevação da abertura de novas áreas ilegalmente está ligada à Autorização Provisória de Funcionamento (APF) Rural. Ministério do Meio Ambiente aponta alta de 40% no desmatamento em Mato Grosso.

Na última semana o Ministério do Meio Ambiente revelou estudo que aponta Mato Grosso como o segundo maior "desmatador" da Amazônia Legal. Somente entre julho de 2014 e agosto de 2015 foram abertos no estado 1.508 km², 40% a mais que os 1.075 km² do período anterior.

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Apesar do aumento de 40% entre julho de 2014 e agosto de 2015, o Estado considera inferior aos percentuais constatados em 2010. Além disso, destaca que Mato Grosso continua como o maior responsável pela preservação da Amazônia com uma retração de 87,2% no desmatamento nos últimos nove anos.

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) destaca que desde janeiro vem trabalhando para coibir a pratica do desmatamento ilegal em Mato Grosso.

Conforme a Secretaria, as ações de fiscalização e controle do desmatamento irregular estão sendo realizadas praticamente com recursos próprios do Governo do Estado, uma vez que dos quase R$ 220 milhões prometidos pelo Governo Federal apenas R$ 35 milhões foram acessados em 2015, montante considerado insuficiente.

Mato Grosso, pontua a secretária de Meio Ambiente, Ana Luiza Peterlini, tem conseguido reduzir o desmatamento na região da Amazônia Legal desde 2009, após a implantação do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas do Estado de Mato Grosso (PPCDQ-MT).

Dados da Sema revelam que a redução de lá para cá da área aberta ilegalmente chegou a 87,23%. Percentual este superior à meta proposta para 2020. De 2009 para 2015, revela a Secretaria, o desmatamento ilegal em Mato Grosso caiu de 11.814 km² para 1.508 km².

Estado contesta Ministério

A hipótese levantada pela ministra do Meio Ambiente, Isabella Teixeira, do aumento do desmatamento estar ligado à Autorização Provisória de Funcionamento (APF) Rural foi constatada pelo Governo de Mato Grosso.

De acordo com a Sema, o APF Rural entrou em funcionamento no dia 18 de agosto.

Segundo a Sema, a participação do Governo Federal é essencial no controle e fiscalização, porém não a se tem visto, como é o caso da implantação do Código Florestal em Mato Grosso que não avança. A morosidade e excesso de burocracia por parte do Ministério do Meio Ambiente são os principais pontos para que desde 2012 Mato Grosso venha 'tentando' finalizar a implantação do Sistema de Cadastro Ambiental Rural (Sicar).
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