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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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ALTA DO DÓLAR

Com plantio para janeiro, milho 15/16 tem 8,9 milhões de toneladas vendidas em Mato Grosso

Foto: Viviane Petroli/Agro Olhar

Com plantio para janeiro, milho 15/16 tem 8,9 milhões de toneladas vendidas em Mato Grosso
O plantio do ciclo 2015/2016 de milho 2ª safra começa apenas em janeiro e os produtores começam agora a planejar o cultivo, porém quase metade da produção já está travada. Até a semana passada 8,9 milhões de toneladas, ou seja, 44,77% das 20,4 milhões de toneladas previstas já haviam sido comercializadas antecipadamente, enquanto os primeiros indícios de vendas da safra 2014/2015 haviam surgido em dezembro de 2014 quando 11,5% do ciclo estava comercializado.

As vendas no último mês avançaram consideravelmente. A variação mensal foi de 11,34 pontos percentuais, de acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). O dólar foi o principal impulsionador para a disparada das vendas.

O dólar iniciou setembro cotado a R$ 3,68 e finalizou o mês a R$ 3,96, registrando picos de R$ 4,14 como o verificado no dia 23 de setembro e de R$ 4,10 no dia 28. Em outubro começou a R$ 4 e hoje, dia 19, está em R$ 3,91.

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Apesar da alta do dólar ser considerada positiva para as vendas do cereal, para a produção não é “tão bem-vinda”. Com o aumento da moeda norte-americana o custo de produção acaba elevando-se.

Em janeiro, com a taxa de câmbio a R$ 2,63, as projeções para semear um hectare de milho (alta tecnologia) era uma média de R$ 2.309,41 em Mato Grosso. Já em setembro, com a média de R$ 3,91 do câmbio, o custo de produção havia saltado para R$ 2.767,93 em média.

O maior impacto é quanto às despesas com insumos, conforme levantamentos do Imea, que saltaram de R$ 1.188,59 para R$ 1.465,36. Somente com defensivos o aumento foi de R$ 283,77 para R$ 3,83,56. Já fertilizantes de R$ 534,16 para R$ 695,95. O menor incremento nos insumos constatado é quanto às sementes de R$ 370,67 em janeiro para R$ 384,86.

“Com a valorização da moeda norte-americana, as cotações internas se fortaleceram, beneficiando a comercialização, principalmente da próxima temporada. No Estado, as vendas da safra 15/16 já somam 8,9 milhões de toneladas, 44,8% da produção futura. Tamanha quantidade comercializada antecipadamente se deve ao dólar valorizado frente ao real, o que tem sustentado os preços internos do cereal em patamares elevados. Entretanto, cabe ressaltar que grande parte dos insumos da safra 15/16 ainda nem foi adquirida, e com mais de 40% da sua produção futura já negociada, os riscos aumentam consideravelmente, já que o dólar pode pesar mais forte nos custos. Dito isso, o cenário que vem se construindo para o dólar exige que o produtor redobre as atenções quanto às próximas decisões referentes à safra 15/16”, destacou o Imea em seu Boletim Semanal do Milho, divulgado na última semana.

No mercado interno a saca de 60 quilos do milho em Mato Grosso é encontrada em média a R$ 18,28, superior aos R$ 17,18 de setembro e aos R$ 13,33 de outubro do ano passado. Nesta segunda-feira, 19 de outubro, a saca varia entre R$ 16,20 em Ipiranga do Norte e R$ 20,50 em Alto Araguaia.
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