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Sábado, 20 de abril de 2024

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Safra 15/16 de soja e milho tende a ser ‘arriscada’ devido clima e volatilidade do dólar

Foto: Ascom Aprosoja-MT

Safra 15/16 de soja e milho tende a ser ‘arriscada’ devido clima e volatilidade do dólar
A safra 2015/2016 de soja e milho (2ª safra) tende a ser ‘arriscada’ diante a situação climática e a volatilidade do dólar. A 2ª safra de milho, por exemplo, que está em fase de planejamento, ainda é incerto a estimativa de 20 milhões de toneladas, uma vez que o plantio da soja está atrasado e os produtores ainda estão enfrentando os constantes aumentos do custo de produção, em decorrência a moeda norte-americana.

A safra atual está sendo considerada mais crítica pelos sojicultores que a safra 2014/2015, que também apresentou problemas climáticos logo no início do plantio da oleaginosa.

Até o dia 6 de outubro, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) foram semeados apenas 6,08% dos 9,203 milhões de hectares destinados para o atual ciclo. Apesar do avanço semanal de 4,41 pontos percentuais, a semeadura ainda está atrasada 2,26 pontos percentuais em relação ao ciclo 2014/2015. Na próxima sexta-feira, 16 de outubro, o Imea deverá divulgar novo acompanhamento.

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“Se tivermos problemas com o clima será uma safra complicada. É uma safra perigosa. A volatilidade do dólar é um veneno”, declara o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Ricardo Tomczyk.

A preocupação com a safra, tanto de soja quanto de milho, foi relatada durante apresentação do Circuito Tecnológico Etapa Soja, nesta quarta-feira, 14 de outubro.

De acordo com Tomczyk, mesmo que o clima melhore a safra será de rentabilidade apertada, uma vez que o custo de produção subiu, em decorrência ao dólar, mais precisamente os insumos.

“Alguns insumos, como o cloreto de potássio, hoje estão apresentando queda de preço, o que é bom para quem vai plantar milho, porém na soja pegou-se em alta. A safrinha de milho (2ª safra) ainda caminha para uma definição”, pontua o presidente da Aprosoja-MT.

O risco climático, conforme o Tomczyk e o diretor técnico da Aprosoja-MT, Nery Ribas, está alto. “Estamos vendo em 2015 o pior clima. Este ano estamos mais atrasados com o plantio da soja que 2014 em relação a 2013. Além do clima, temos problema de crédito (liberação). Os produtores devem reduzir o uso de insumos, principalmente fertilizantes com isso. O produtor está apreensivo com o mercado. O câmbio está oscilativo. Quem conseguiu comprar os insumos com o dólar em baixa e vender a soja, por exemplo, com o câmbio em alta está bem. Porém, a maioria travou compra de insumos com o dólar em alta o que reduz a margem de rentabilidade”, salientou o presidente da Aprosoja-MT.

Entre os dias 19 e 30 de outubro os anseios dos produtores de soja nesta safra 2015/2016 serão ouvidos durante o Circuito Tecnológico da Soja. A expectativa, segundo o diretor técnico da Aprosoja-MT, Nery Ribas, é aplicar 600 questionários ao longo do percurso. Também serão colhidas para análises amostras de sementes, fertilizantes e de ervas daninhas para avaliação.
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