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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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EM 2015

Pedidos de recuperação judicial saltam 202% em Mato Grosso; deferimentos sobem 221%

Foto: Reprodução/Internet/Ilustração

Pedidos de recuperação judicial saltam 202% em Mato Grosso; deferimentos sobem 221%
Mato Grosso entre janeiro e setembro registrou 103 pedidos de recuperação judicial requeridos e 103 solicitações deferidas. O volume supera em 202% e 221% as demandas de 34 e 32 pedidos feitos, respectivamente, no período em 2014. As informações são do Serasa Experian.

O balanço de janeiro a setembro revela ainda que 28 recuperações judiciais foram concedidas no estado em 2015, enquanto em 2014 haviam sido apenas 10.

Em termos que falências requeridas o salto foi de 2 pedidos para 3. Enquanto, o volume de falências decretadas caiu de 15 para 8.

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Somente em setembro, revela o Serasa Experian, foram 24 recuperação judicial requeridas em Mato Grosso, enquanto em agosto haviam sido apenas 18. Já em setembro de 2014 nenhum requerimento. O mesmo resultado é constatado para os deferimentos de recuperação judicial.

Quanto aos decretos de falência quatro foram registrados em setembro de 2015 contra dois no mês em 2014. Apenas um requerimento de falência foi constatado em setembro deste ano.

Como o Agro Olhar comentou recentemente, em 2015 grandes empresas de diversos ramos entraram com pedidos de recuperação judicial na Justiça. O agronegócio, força motriz do estado, também não escapou. Entre os grupos com pedidos de recuperação judicial estão a JPupin, Três Irmãos, Droga Chick, Trêscinco, Japô Restaurante, Grupo Aurora (construção civil), Rede de Postos 10, DSS Serviços de Tecnologia (atendia ao governo) e Sigma Agropecuária. O grupo mais recente a solicitar é o Grupo Bipar, do qual faz parte a Bimetal Indústria Metalúrgica Ltda e outras três empresas, de propriedade do prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes.

Segundo o economista Edisantos Amorim, a recuperação judicial tem sido "uma saída para o reequilíbrio econômico da empresa". "O consumo está a cada dia caindo, a geração de emprego também. As empresas estão acumulando despesas. As empresas, a maioria de grande porte, estão buscando a recuperação judicial por não enxergarem mais em 2015 melhoras como acreditava que se teria”, pontuou o economista em entrevista ao Agro Olhar recentemente.

Para o especialista, é impossível prever em quanto tempo o Brasil deverá sair da recessão que vive. “O país precisa resolver sua situação política e fiscal para aí sim entrar na questão econômica. O exterior não quer investir em um país bagunçado. Enquanto isso não for resolvido seguiremos vendo a cada dia o número de pedidos de recuperações judiciais crescer”.
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