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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Dilma pode reduzir repasses e financiamento da agricultura e preocupa governo estadual

Foto: Mayke Toscano/GCOM-MT

Dilma pode reduzir repasses e financiamento da agricultura e preocupa governo estadual
A crise que afeta o país e as dificuldades financeiras que a União enfrenta preocupam o governo estadual, principalmente porque implicam em redução de repasses e redução do crédito para a agricultura. Esses são dois impactos esperados diante do pacote de corte de gastos e aumento de impostos anunciado pela presidente Dilma Rousseff (PT), segundo o secretário de Estado de Planejamento, Marco Marrafon.

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“Ainda estamos estudando [os impactos]. O que posso dizer com segurança é que duas grandes preocupações são a redução já visível de 15% do repasse do Fundo de Participação dos Estados (FPE) este ano. O Fundo de Participação dos Municípios (FPM) também foi reduzido. Então isso tem gerado redução de receita, e temos coberto isso com as medidas de economia”, informou o secretário.

Como o agronegócio é a mola propulsora da economia mato-grossense, o corte drástico no financiamento pode provocar redução da safra e, consequentemente, do Produto Interno Bruto (PIB) do estado.

“Outra preocupação grande é o financiamento da agricultura. Ou seja, se eles bloquearem de maneira muito drástica o financiamento da agricultura, pode ser que em 2017 haja menor produção. Então vamos ter que criar incentivos internos de desenvolvimento e captação de recursos para poder suprir essa deficiência do governo federal”, disse o secretário.

Financiamento estadual

Entre as medidas estudadas por Marrafon para ajudar os produtores, estão a possibilidade de o governo estadual captar recursos, já que possui bom grau de investimento segundo as agências especializadas e tem capacidade de conseguir empréstimos a custo mais baixo. Dessa forma, as agências de desenvolvimento estaduais financiariam os valores aos produtores a juros menores do que eles conseguiriam de forma direta.

“O Brasil perdeu grau de investimento, mas Mato Grosso não. Então o dinheiro externo para nós é mais barato. Poderíamos colocar as agências de desenvolvimento que serão criadas, como MT Investe e MT Desenvolve nessa tarefa. Seria uma ação mais no sentido de promover desenvolvimento e alavancar recursos no mercado para financiar esse desenvolvimento”, explicou.

O secretário descartou desonerar ainda mais a produção agrícola. A produção mato-grossense já recebe diversas formas de incentivos por parte dos governos estadual e federal, inclusive com a Lei Kandir, que isenta de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) toda a produção voltada para exportação.
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