O envio de boi em pé (vivo) de Mato Grosso para abate em outros estados reduziu em mais de 25% nos últimos quatro anos. Em 2014 das 5,521 milhões de cabeças de gado encaminhadas aos frigoríficos apenas 3,9% tiveram destinação outras unidades federativas. Abates em julho de 2015 caíram 17,60% ante 2014.

Em 2014, segundo levantamento do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), 217,6 mil cabeças de gado foram enviadas para fora de Mato Grosso para abater. Destes animais 60% tiveram como destinos unidades frigoríficas de São Paulo e Goiás.

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Conforme o Boletim Semanal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgado nesta terça-feira, 08 de setembro, os pecuaristas estão colocando na ponta do lápis os custos para enviar o animal vivo para abater em outro estado.

"Apesar de o diferencial de base em relação a São Paulo ter aumentado – saiu de 12,38% na média de 2014 para os atuais 13,69% - em 2015 até julho, foram enviados apenas 3,0% (78,7 mil cabeças), isso indica que mesmo recebendo proporcionalmente mais, os pecuaristas abateram relativamente menos fora de MT. Na conta de formação de preços fatores como custo do frete, combustível e demanda local, também definem o preço recebido em cada
praça, mas será que o produtor tem buscado as melhores alternativas de venda para arbitrar este jogo?”, destacou o Imea.

Em julho Mato Grosso abateu 388,18 mil cabeças de gado, 17,60% a menos que as 460,16 mil do mês em 2014. Ao se comparar com junho verifica-se um crescimento no volume de animais enviados para o descarte, mesmo com sete unidades fabris fechadas em 2015. Em junho haviam sido abatidos 366,54 mil animais.

Entre janeiro e julho 2,654 milhões de cabeças de gado foram abatidas em Mato Grosso.