O custo de produção da pecuária em Mato Grosso subiu 2,13% no segundo trimestre de 2015 em relação ao primeiro trimestre. Somente o custo da recria/engorda aumentou 1,7%. O incremento no custo operacional é decorrente ao encarecimento de aproximadamente 20% nos preços de insumos como herbicidas, sementes, entre outros, somado a suplementação que registrou elevação de 8,5%.

Entre o primeiro e o segundo trimestre de 2015 o desembolso do pecuarista para cria passou de R$ 119,29 para R$ 121,83 a arroba. Já para recria e engorda de R$ 125,15 para R$ 127,29 a arroba, segundo estudo realizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

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De acordo com a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), o gasto para a aquisição de animais impactou mais no custo da recria e engorda mesmo que a alta verificada no desembolso do pecuarista tenha sido menor que o custo dos insumos. A Acrimat e o Imea revelam que para a cria a mão de obra foi o fator que mais impactou.

“Dentre os itens de custos, a aquisição de animais continuou tendo a maior parcela, representando 59,5% do COT. O bezerro de ano, por exemplo, fechou o 2° tri/15 em R$ 1.300,00/cab, uma valorização de 7,6% em relação ao período anterior. Entre os mesmos períodos, a arroba do boi gordo valorizou 2,5%, fechando o 2° tri/15 em R$ 133,87. Tudo isso resultou em uma margem líquida de R$ 6,58 por arroba, ou seja, R$ 111,83 por animal (considerando um animal de 17 arrobas)”, comenta o Imea em seu Boletim Semanal da Bovinocultura, divulgado nesta segunda-feira (10).

No que diz respeito ao custo operacional total o Imea salienta que "Dentre os componentes do custo, a pastagem aumentou 11,5%, tendo a maior elevação, fechando o trimestre em R$ 3,57/@. Isso aconteceu por causa do encarecimento de quase 20,0% nos preços dos insumos como herbicida, semente e outros. A segunda maior elevação foi no item suplementação, que encareceu 8,5% no período. Neste caso, o preço do sal mineral para as vacas foi o que mais impactou. A participação deste item é maior no custo, e representa 16,5% do COT, ou R$ 20,15/@. Por outro lado, o preço do bezerro de ano subiu 14,2% entre jan/15 e jun/15, atingindo R$ 1.342,48/cab, o que tem trazido uma boa lucratividade para o sistema da cria, recuperando os anos ruins do passado. Este cenário tem, inclusive, estimulado os produtores a reterem suas matrizes com o objetivo de colocar mais fêmeas na próxima estação de monta”.

O superintendente da Acrimat, Olmir Cividini, pontua que o produtor precisa fazer cálculos para não ter prejuízos, pois o alto custo pode implicar em uma margem de renda menor. “Com os números mais atualizados poderão planejar melhor os negócios”.