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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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BOM MOMENTO

Cotação elevada do dólar aumenta margem de lucro do agronegócio de Mato Grosso

Foto: Carolina Barufati

Imagem ilustrativa

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Com os consecutivos aumentos na cotação do dólar, que nesta quinta-feira ‘flerta’ com R$ 3,50, os produtores rurais de Mato Grosso estão conseguindo ter saldo maior do que nos anos anteriores. Segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a alta na moeda norte-americana influencia positivamente as margens de lucro de soja, algodão e milho.

Conforme o Imea, a soja está com preços internos bastante atrativos desde o mês de abril, quando o dólar exibiu grande aumento. O forte impacto da valorização da moeda estrangeira observa-se tanto no mercado imediato como no mercado futuro, impulsionando as negociações em um momento em que as cotações na CBOT não estão elevadas quanto em anos anteriores.

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“Nota-se que enquanto as cotações externas são mantidas em ‘banho-maria’, próximas de US$ 9,50 por bushel, o dólar está conseguindo trazer momentos de sorriso ao produtor e à economia de Mato Grosso”, analisa o boletim da soja, divulgado nesta segunda-feira.

Quem também comemora a disparada na cotação do dólar são os cotonicultores, pois o patamar atual traz oportunidades de maiores rentabilidades e competitividade no cultivo do algodão. Explica o Imea que o atual cenário possibilita uma margem positiva para quem tem a intenção de realizar vendas da safra 2015/16.

“Ao se considerar a situação atual, com as últimas valorizações do dólar elevando-o para a casa dos R$ 3,40 e a ICE para julho de 2016 em cents de US$ 64,00/lp, a cotação do algodão em Mato Grosso ficou em torno de R$ 72,70 por arroba”, comenta o boletim da cotonicultura, lembrando que o “ponto de equilíbrio” é de R$ 68,94.

Quem tem milho para vender também aproveita, pois o dólar valorizado frente ao real aumenta a competitividade do cereal brasileiro frente ao produzido nos Estados Unidos. Consequentemente, isso traz sustentação para os preços internos. “E isso pode ser observado nas exportações norte-americanas de milho, que estão desaceleradas se comparadas às do mesmo período do ano passado, demonstrando a preferência dos importadores mundiais pelo milho de fora dos EUA”, diz o Imea.
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