O frango que está sendo abatido nesta segunda-feira, 20, no interior paulista, foi comercializado no sábado por R$2,70/kg, ou seja, com cinco centavos de acréscimo em relação ao valor alcançado nos três dias anteriores ou 10 centavos a mais que o valor de segunda e terça-feira da semana passada.

Em outras palavras este foi o segundo aumento da semana e também do mês. Isto é: em julho, a reação do frango vivo ao mercado só ocorreu na segunda quinzena do mês quando, normalmente, a demanda do produto recua devido à exaustão financeira do consumidor. Efeito, sem dúvida, de uma oferta ajustada e que, sob o ângulo da procura, agora se mantém ativa graças à grande acessibilidade da carne de frango comparativamente à carne bovina. E, claro, estimulada também pelo fortalecimento das exportações. Que, tudo indica, devem bater novo recorde neste mês.

O fato é que, a esta altura do ano – melhor dizendo: quando 2015 completa 200 dias – o frango vivo comercializado no interior paulista alcança valor 22% maior que o registrado há um ano. Ou quase 26% superior ao vigente apenas 60 dias atrás (R$2,15/kg em 20 de maio passado). Além disso (ou “com isso”), o preço médio desses primeiros 200 dias se encontra, pela primeira vez no ano, ligeiramente acima da média registrada em idêntico período do ano passado.

A situação atual é, sem dúvida, totalmente diferente daquela observada há passados 100 dias, pois, então, o preço médio do produto se encontrava 3% aquém da média dos mesmos 100 dias de 2014. Mesmo assim, o bom desempenho de julho não tem nada de anormal: apenas repete comportamento que é sazonal (isto é: específico da estação ou época do ano). A única diferença (por ora pouco significativa) vem sendo determinada pelo deslanche das exportações.

Porém, o detalhe mais importante é que, às vésperas do terceiro decêndio do mês, o mercado se mantém firme (não só em São Paulo, mas também em Minas Gerais). Melhor: ainda pode propiciar novo ajuste para o produtor.